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 | AFP Photo/Pedro Ladeira
| Foto: AFP Photo/Pedro Ladeira

A Procuradoria Regional Eleitoral em Goiás se posicionou contrária à intenção do ex-senador Demóstenes Torres (sem partido) de diminuir seu tempo de inelegibilidade. Em manifestação enviada ao Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (TRE-GO), o órgão pede que o tribunal não aceite o pedido do ex-senador goiano.

Como foi cassado pelo Senado em 2012, Demóstenes está com seus direitos políticos suspensos por oito anos após o fim do mandato do qual teria direito.

Ou seja, como o mandato de Demóstenes iria até 2019, ele não poderá concorrer a cargos eletivos até janeiro de 2027, quando terá 66 anos. O ex-senador recorreu à Justiça para diminuir o prazo para 2023.

No recurso apresentado ao tribunal, a defesa de Demóstenes argumenta que ele foi cassado ainda na sua primeira legislatura, que se encerraria em 2015, e quer que o prazo de inelegibilidade comece a ser contado a partir de então.

Na primeira instância, a juiz eleitoral Enyon Artur Fleury de Lemos entendeu que o prazo deve ser contado a partir do fim do mandato para qual ele foi eleito, que se encerraria em 2019.

Em julho do ano passado, Demóstenes se tornou o segundo parlamentar, em 188 anos de história do Senado, a ser cassado pelos próprios colegas. Ele perdeu seu mandato com 56 votos a favor, 19 contrários e 5 abstenções.

Demóstenes foi flagrado em escutas pela Polícia Federal (PF), durante as investigações da Operação Monte Carlo, em situações que sugerem o uso do cargo em benefício do suposto esquema criminoso comandado por Carlinhos Cachoeira.

O ex-senador também é acusado de ter mentido em plenário quando disse que somente mantinha relação de amizade com o empresário.

Cachoeira foi condenado a quase 39 anos de prisão por crimes como quadrilha e corrupção ativa na ação penal originada da Operação Monte Carlo. Suas ligações com políticos de Goiás deu origem à CPI do Cachoeira no Congresso, que terminou em dezembro do ano passado, sem indiciamentos.

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