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A procuradora da República Ana Carolina Roman transformou em inquérito um procedimento investigatório aberto há 180 dias para apurar suspeitas de que o chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Gilberto Carvalho, teria envolvimento com o vazamento de dados sigilosos sobre a Operação Satiagraha.

De acordo com portaria assinada pela procuradora em 25 de novembro, o procedimento tem o objetivo de apurar se Gilberto Carvalho usou de sua função na presidência da República para obter informações privilegiadas para o advogado Luiz Eduardo Greenhalgh junto à chefia da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) sobre a existência ou não de investigação contra Humberto Braz, diretor da Brasil Telecom.

Segundo informações da Procuradoria em Brasília, Ana Carolina decidiu abrir o inquérito porque há uma regra imposta pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) segundo a qual os procedimentos investigatórios devem durar 90 dias, podendo ser prorrogados por igual período.

A procuradora requisitou informações sobre o inquérito da Operação Satiagraha para o juiz da 6ª. Vara Criminal Federal de São Paulo, Fausto de Sanctis. Como se passaram 180 dias e os dados ainda não chegaram, ela decidiu converter o procedimento em inquérito, embora pudesse arquivá-lo.

Ao justificar a abertura do inquérito, Ana Carolina disse que "há necessidade de analisar o áudio e a transcrição da interceptação telefônica procedida nos autos da chamada `Operação Satiagraha', que ainda não foram remetidos pela 6ª. Vara Criminal de São Paulo". Ela acrescentou que "ainda existem outras diligências a serem tomadas".

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