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O deputado Professor Luizinho (PT-SP) afirmou que não intermediou e não teve acesso aos recursos sacados pelo seu ex-assessor José Nilson dos Santos da conta da SMPB, do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza. O deputado disse que só soube do saque de R$ 20 mil depois das investigações da CPI dos Correios. Ele acrescentou que a negociação foi direta entre seu assessor e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

-Vejo meu caso totalmente diferente dos outros que estão neste conselho- disse ele, que confirmou que o saque foi feito na agência da Avenida Paulista do Banco Rural, mas diz que demorou até ter certeza de que o José Nilson que constava da lista de Valério era seu assessor e não um homônimo.

O relator do processo de Luizinho, deputado Pedro Canedo (PP-GO), avisou que vai arrolar como testemunhas, além de José Nilson dos Santos, mais três candidatos ao cargo de vereador em Santo André (SP), que teriam recebido o dinheiro de Santos. Professor Luizinho dispensou testemunhas.

Já o ex-secretário de Finanças do PT no Rio Grande do Sul e atual secretário de Assuntos Institucionais do diretório gaúcho do partido, Marcelino Pies, admitiu há pouco que foi um erro o PT estadual ter recebido dinheiro das empresas de Marcos Valério de Souza. Ele lembrou, no entanto, que a orientação foi dada pelo ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e que a prática não era comum no PT.

- Foi a primeira vez que isso aconteceu - disse ele, em depoimento na CPI do Mensalão.

Pies recebeu R$ 1,150 milhão de Delúbio no ano passado. O secretário informou que usou o dinheiro em pagamento de compromissos administrativos do diretório do PT gaúcho. Em depoimento anterior, Delúbio havia explicado que os repasses financiaram caixa dois. Diante da contradição, Pies se defendeu:

- Se ele (Delúbio) disse isso, eu não posso confirmar.

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