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Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 27 de abril | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde o dia 27 de abril| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

A APP Sindicato vai orientar os professores a votar pelo retorno às salas de aula na assembleia de terça-feira (9) somente se o governo abonar as faltas dos professores durante a greve da categoria. O impasse foi criado depois que a Secretaria de Educação (Seed) confirmou que, na folha de pagamento de junho, cerca de 20 mil profissionais terão desconto de quatro dias no salário, referente aos dias de paralisação do mês de abril. Agora, o sindicato dos docentes da educação básica corre contra o tempo para tentar costurar um acordo com o governo para abonar as faltas e cancelar a punição. Para a APP, esta é a única forma de evitar a continuidade da greve, em vigor desde o dia 27 de abril.

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Presidente do sindicato representante dos professores, Hermes Leão explica que, depois da nova proposta de reajuste aos servidores do estado apresentada nesta quarta-feira (3), a intenção dos dirigentes sindicais era convocar a assembleia para esta sexta ou sábado.

No entanto, após uma reunião com a secretária de educação Ana Seres Trento Comin para acertar os detalhes das punições, houve decisão de ganhar tempo. “A secretária se sentiu impotente para tomar essa decisão e assumir esse compromisso público. Ela tentou ligar para o governador Beto Richa e para o deputado Ademar Traiano, mas eles estavam em viagem. Esse impasse colocou a assembleia no dia 9, porque precisamos desse tempo para dialogar para que governo tenha compromisso público com isso.”

Leão enfatiza que a decisão de voltar ou não às aulas será dos professores em assembleia. Mas ele estima que o retorno fica praticamente inviável, se o governo insistir nos descontos de salário e não abono das faltas. “Como vamos voltar para sala de aula? Tivemos a nossa previdência descontada, fomos massacrados no dia 29 de abril, não temos a nossa data-base com reposição da inflação garantida no mês de maio com essa proposta, que não é do jeito que se pretendia. Estamos insistindo que queremos repor os dias do greve, mas, se governo vai descontar salário e manter faltas, que prejudicam nossa carreira, não temos condições de voltar ao trabalho.”

Em nota, a Secretaria de Educação diz que, em caso de retorno imediato dos professores às salas de aula, “não serão abertos processos administrativos contra diretores de escolas, não serão feitas rescisões para contratos de professores temporários e que as faltas de maio e junho serão negociadas mediante reposição das aulas.” Já sobre as faltas do mês de abril, a pasta se limitou a dizer que já foram lançadas no sistema. Em entrevista à RPC, porém, a secretária Ana Seres disse que o abono dessas faltas também poderá ser discutido futuramente, caso os professores voltem às aulas.

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