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Eliseu Padilha, um dos responsáveis pelo programa peemedebista | Diógenes Santos/Agência Câmara
Eliseu Padilha, um dos responsáveis pelo programa peemedebista| Foto: Diógenes Santos/Agência Câmara

Brasília - A decisão do PMDB de elaborar um programa próprio de governo para ser lançado oficialmente no dia 8 de maio mostra as divergências no partido, até mesmo dentro da cúpula peemedebista, sobre a aliança nacional com o PT na corrida presidencial. Embora parte do comando da legenda dê como certa a aliança com os petistas, o deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS) – um dos responsáveis por elaborar o programa de governo do PMDB –disse que a decisão de criar o texto é o "primeiro passo" rumo à candidatura própria da legenda em outubro.

"Nosso objetivo é ter uma proposta para o Brasil. Este é o primeiro passo para uma candidatura própria à Presidência da República. Seja nessa eleição, ou seja nas próximas eleições. E poderá servir sim para uma futura aliança", afirma o deputado no site do partido.

Padilha preside a Fundação Ulysses Guimarães, órgão do PMDB que será responsável por finalizar o programa de governo do partido. Segundo o deputado, os peemedebistas têm "massa crítica" suficiente para lançar candidato próprio ao Palácio do Planalto – o que na sua opinião ficará claro no programa de governo.

"Está fincada a primeira pe­­dra do alicerce para a construção do edifício, de uma Presi­dência da República", disse o de­­putado. Na convenção do PMDB, realizada em fevereiro, a cúpula da legenda deixou clara a intenção de formalizar a aliança com o PT em outubro – mesmo com parte do partido favorável à candidatura própria ou à aliança com o PSDB.

Liderado pelo governador Roberto Requião (PR) e o ex-governador Orestes Quércia (SP), o grupo do PMDB contrário à aliança nacional com o PT lançou o paranaense como pré-candidato ao partido à Presidência. "Não vejo ninguém melhor na nossa área do que o Requião", afirmou o senador Pedro Simon (PMDB-RS), um dos articuladores do nome de Requião.

O comando da sigla, porém, afirma que a aliança com o PT será sacramentada para que o presidente da legenda, Michel Temer (PMDB-SP), dispute a vice-presidência na chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) – pré-candidata do PT.

Temer disse que o partido terá participação direta num eventual governo petista, com a incorporação do programa em formulação pela legenda.

"Não vamos nem aceitar prato feito nem brigar para fazer eventualmente coligação. Vamos dialogar. Você só faz coalizão dialogando e, agora, dialogando com programas de governo", afirmou.

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