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O promotor de Justiça de Peixoto de Azevedo (MT), Adriano Roberto Alves, poderá pedir a prisão do italiano Je Lepore e do americano Jan Paladino, piloto e co-piloto, respectivamente, do jato Legacy, que se chocou com o Boeing 737-800 da Gol na sexta-feira.

O pedido será feito à Justiça caso se confirme a suspeita de que Lepore e Paladino estariam testando o avião executivo da Embraer com manobras e possível desligamento do transponder, um equipamento anticolisão, motivo pelo qual teria impossibilitado a aproximação do Boeing, com 155 passageiros. "Acho impossível essa hipótese, pela localização da região, mas só vamos tomar decisões após recebermos depoimentos e planos dos controladores de vôos", disse o promotor.

O promotor já pediu a apreensão dos passaportes do piloto e co-piloto até que seja concluído o inquérito policial que investiga as causas do acidente. O juiz Tiago Souza Nogueira de Abreu acolheu a solicitação. "É necessário preservar as duas importantes testemunhas do evento", disse o promotor.

Segundo ele, o pedido se justificou pela suspeita de que a colisão tenha sido causada por falha humana. "Embora o motivo da tragédia não esteja devidamente esclarecido, as investigações apontam para a possibilidade de falha dos controladores de vôo, ou do piloto da Gol ou o do Legacy", sustenta o promotor.

Os dois aviões tinham um sistema conhecido como TCAS (Traffic Collision Avoidance System), tecnologia anticolisão que reconhece a proximidade de outra aeronave por meio de sinais de alertas sonoros e visuais.

No entanto, segundo o promotor, as investigações apontam a probabilidade de que o TCAS do Legacy estivesse desligado ou mesmo que não estivesse funcionando no momento da colisão. "Embora o Legacy esteja autorizado a voar a uma altitude máxima de 39 mil pés, eles têm capacidade para chegar a até 51 mil pés, segundo informações de especialistas em aviação civil. Nesta altura, tem condições de poupar tempo, economizar combustível e evitar turbulências. Por essas razões, neste meio, os pilotos comentam que é comum haver desligamento dos TCAS. E, por isso, não são detectados por outros aviões", assinalou.

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