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Carli Filho: MP discorda das teses da defesa do ex-deputado | Henry Milleo/ Gazeta do Povo
Carli Filho: MP discorda das teses da defesa do ex-deputado| Foto: Henry Milleo/ Gazeta do Povo

A promotora de Justiça Lucia Inez Giacomitti Andrich, da Vara do Tribunal do Júri, apresentou parecer em que discorda das teses apresentadas pela defesa do ex-deputado estadual Luiz Fernando Ribas Carli Filho. O ex-parlamentar é réu no processo que julga as mortes de dois jovens em um acidente de carro provocado por ele na madrugada do dia 7 de maio. A promotora encaminhou o parecer na tarde de ontem ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR).

O advogado Roberto Brzezinski Neto, que defende o ex-deputado, questionou as provas do inquérito policial, entre elas o exame de dosagem alcoólica onde foi apontado que Carli Filho dirigia embriagado no momento da colisão. A defesa pedia a suspensão do processo ou que fosse decretado segredo de justiça no caso. As duas solicitações foram negadas. Procurado pela reportagem, Brzezinski afirmou que não foi notificado sobre nada.

Agora, com o parecer da promotora no TJ-PR, o documento será encaminhado ao juiz Daniel Ribeiro Surdi de Avelar, responsável pelo processo na 2.ª Vara do Tri­­­bunal do Júri de Curitiba. De­­­pois de ter acesso às ponderações feitas pela promotora, o juiz Ave­­­lar deve marcar a audiência de instrução e julgamento sobre o caso.

Audiência

O advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, uma das vítimas do acidente, acredita que a audiência deve acontecer até o fim do ano. "Possivelmente já na terça-feira o juiz vai despachar a audiência de instrução e julgamento, onde serão ouvidos a acusação, defesa e o réu. Depois de encerrada essa segunda fase do processo, será encaminhado para júri, se assim entender o juiz", explicou Assad. O advogado afirmou que no parecer o MP pediu para o juiz indagar qual o objetivo de a defesa ter arrolado mais de 20 testemunhas no processo e se elas serão presenciais ou não.

Acusação

Carli Filho responde por duplo homicídio qualificado, em razão das vítimas não terem chance de defesa. O ex-deputado foi denunciado ainda por dirigir embriagado e violar a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).

Caso o ex-deputado seja condenado por todos os crimes, que lhe foram imputados na denúncia, poderá receber pena mínima de 15 anos e máxima de 30 anos. Ainda poderá ter o direito de dirigir suspenso por prazo entre dois meses e cinco anos. Por se tratar de homicídio qualificado, crime considerado hediondo, deverá cumprir pena inicialmente em regime fechado.

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