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Veja como deverá ser dividido o tempo considerado precioso pelos políticos |
Veja como deverá ser dividido o tempo considerado precioso pelos políticos| Foto:

Principais personagens da eleição estadual deste ano, os candidatos ao governo Osmar Dias (PDT) e Beto Richa (PSDB) terão praticamente o mesmo tempo para seus programas eleitorais de rádio e tevê. Com uma aliança que envolve 12 partidos, Richa deverá somar 6min42s para propaganda e ficar com o maior tempo entre os candidatos. Já Osmar – que conta com o apoio dos gigantes PMDB e PT e de outras quatro legendas além do próprio PDT – deve obter 6min36s de tempo de rádio e tevê. Juntos, Osmar e Richa vão ficar com quase 13 minutos dos 18 que serão destinados para o bloco destinado à propaganda dos concorrentes ao governo. Dos outros cinco candidatos ao Palácio Iguaçu, o ex-vereador curitibano Paulo Salamuni, do PV, é o que terá a maior parte do tempo restante: ficará com 1min12s. O candidato do PSol, Luiz Felipe Bergmann, terá cerca de 56 segundos e os demais concorrentes ficarão com aproximadamente 51 segundos cada.

Planalto

Na disputa presidencial, o cenário é semelhante. A candidata do PT, Dilma Rousseff, e o do PSDB, José Serra, ficarão com a maior parte dos 25 minutos destinados à propaganda dos concorrentes ao Palácio do Planalto.

A chapa de Dilma finalizou a fase de convenções com nove legendas e deverá ter 10min30s – segundo cálculo do jornal O Estado de S. Paulo. Já Serra terá o suporte de seis partidos, o que irá lhe proporcionar 7min11s. Marina Silva (PV), que tenta nessa eleição se firmar como uma candidata da terceira via, terá 1min17s para passar sua mensagem.

O tempo de publicidade foi calculado com base nas determinações da legislação eleitoral. A previsão é que a definição oficial do espaço de propaganda dos candidatos seja divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda neste mês.

Na avaliação do cientista político Ricardo Costa de Oliveira, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a distribuição do tempo da propaganda eleitoral reforça o caráter plebiscitário da disputa eleitoral de 2010. "A eleição deste ano, tanto para o governo quanto para a Presidência, será plebiscitária. E o tempo de tevê vai ratificar essa condição de polarização", diz.

Segundo ele, qualquer campanha que tenha pouco tempo disponível de rádio e tevê tende a ser considerada nanica. "O tempo de propaganda é um elemento a mais na competição. E mais do que obter o tempo, a falta dele é determinante para a campanha", analisa.

Cálculo

A diferença na distribuição do tempo que cada candidato tem direito se deve a diferença das bancadas de cada partido na Câmara dos Deputados. Pela legislação eleitoral, quanto mais deputados federais as legendas conseguiram eleger na última eleição, maior será o tempo de propaganda eleitoral que o partido terá direito.

O PMDB é o dono da maior bancada na Câmara Federal – 89 deputados foram eleitos – e por isso possui a maior parte do tempo destinado à propaganda eleitoral. Ao todo, o partido tem direito a cerca de 5min50s dos 50 minutos destinados à propaganda eleitoral. Considerando apenas o bloco de 18 minutos destinados aos candidatos ao governo, o partido tem direito a 2min4s.

Os partidos que não possuem deputados eleitos também têm direito a tempo na propaganda eleitoral. Isso porque a legislação eleitoral reserva 1/3 do horário eleitoral gratuito para ser distribuído igualmente entre todos os concorrentes.

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