• Carregando...
O protesto do MTST começou no início da tarde deste domingo | Valter Campanato/ABr
O protesto do MTST começou no início da tarde deste domingo| Foto: Valter Campanato/ABr

O protesto do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acabou com três integrantes do movimento detidos neste domingo (8), em Brasília.

Segundo a Polícia Civil, um integrante de 15 anos do MTST agrediu outro membro do movimento de 19 anos durante uma discussão. O pai do adolescente se meteu na briga e também acabou detido. Eles foram levados para a delegacia, mas foram liberados após retirarem a denúncia.

O protesto do MTST começou no início da tarde deste domingo. Cerca de 200 pessoas, de acordo com o movimento, partiram do terminal rodoviário da capital federal e caminharam pelo Eixo Monumental até o gramado em frente ao Congresso Nacional. No local, eles chegaram a incendiar um boneco do presidente da Câmara feito por eles.

Apesar do incidente interno, desta vez integrantes do MTST não entraram em confronto com membros do Movimento Brasil Livre (MBL) que estão acampados no gramado do Congresso desde a semana retrasada, pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff. No último dia 28 de outubro, quando o protestavam contra a aprovação do projeto que tipifica o crime de terrorismo, houve bate-boca e empurra-empurra entre integrantes dos dois movimentos.

Quebra de decoro

Cunha é alvo de representação no Conselho de Ética da Câmara por quebra de decoro parlamentar. Ele é acusado de mentir na CPI da Petrobras, ao dizer que não tinha contas secretas na Suíça. Documentos do Ministério Público suíço, contudo, confirmam que ele e sua esposa, a jornalista Cláudia Cruz, possuem contas bancárias, por meio das quais teriam recebido dinheiro de propina.

Cunha também é investigado por ter patrimônio não declarado no exterior.

Em São Paulo

Outro protesto na tarde deste domingo ocorre em São Paulo. Manifestantes se reúnem nesta tarde para militar contra o

o ajuste fiscal e contra a permanência de Cunha na Presidência da Câmara dos Deputados.

Organizado pela Frente Povo Sem Medo, que reúne cerca de 30 organizações de esquerda, o protesto começou com a ocupação dos dois sentidos da avenida, na altura do Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) e se dirige ao bairro Paraíso.

De acordo com o tenente Renan Chammas de Araújo, da Polícia Militar, 600 pessoas ocupam a área. Ele ressalta que o número inclui os frequentadores da feira em frente ao museu e as pessoas que transitam pela avenida Paulista. Segundo a organização, são 20 mil manifestantes.

Os cartazes contra o PL 5.069 são minoria entre as bandeiras do MTST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Brasileiros).

Entre outras medidas, o projeto dificulta o aborto legal e restringe a venda de medicamentos abortivos no país. Para movimentos sociais, a proposta poderia impedir até mesmo a venda da pílula do dia seguinte.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]