Pinga-fogo
" [Na campanha, a presidente Dilma Rousseff] mostrava um Brasil que não existe, exaltava o compromisso com o aumento de investimentos, quando na verdade houve redução. "
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), senador.
A vida não anda nada fácil para os governantes, de diferentes níveis. Ontem, por exemplo, o dia foi marcado por protestos. Em Curitiba, servidores municipais da saúde (foto) foram para frente da sede da prefeitura, no Centro Cívico, criticar o prefeito Gustavo Fruet (PDT). "Fruet caloteiro, cadê o meu dinheiro?", foi um dos inúmeros gritos de guerra entoados contra o pedetista. O grupo suspendeu a greve após o sindicato que representa a categoria aceitar um novo plano para o pagamento da dívida de R$ 1,5 milhão com a classe.
Semelhantes
O governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), também não foi poupado. Ouviu, no domingo, durante a posse dos deputados estaduais na Assembleia Legislativa, o mesmo grito que ontem perturbou o prefeito Gustavo Fruet: "Richa caloteiro, cadê o meu dinheiro?" Por via das dúvidas, na segunda-feira, o tucano não compareceu ao início dos trabalhos legislativos na Casa.
Impeachment?
A presidente Dilma Rousseff (PT) também foi alvo de protestos na manhã de ontem, em Campo Grande (MS), na primeira viagem oficial da petista a um município brasileiro desde que iniciou o segundo mandato, em janeiro. Cerca de 50 manifestantes gritaram "impeachment" e "Lula cachaceiro, devolve meu dinheiro". Dilma perdeu para o tucano Aécio Neves no estado no segundo turno da eleição passada.
Marmita
É possível ver de tudo nesses protestos. Simpatizante da causa, a vereadora Professora Josete (PT, foto) postou foto no Twitter participando do encontro dos profissionais da saúde de Curitiba. "No acampamento dos servidores da saúde. Estamos aguardando o resultado da reunião entre o Sismuc e a gestão [do prefeito Gustavo Fruet]", escreveu a parlamentar, enquanto se deliciava com uma quentinha.
De mal com a vida
A maré não anda mesmo boa para o deputado federal Valdir Rossoni (PSDB). Depois de ficar de fora do secretariado do governador Beto Richa (PSDB), segundo ele, por "má vontade" dos deputados estaduais, o parlamentar deve perder o comando do diretório estadual do partido. No entendimento da alta cúpula tucana, Rossoni está magoado com os colegas e não joga mais junto com o time, o que pode criar problemas futuramente. A ideia é que Richa seja escolhido presidente do diretório, em abril, tendo na vice Ademar Traiano (PSDB), atual presidente da Assembleia Legislativa do Paraná. Richa seria o presidente no papel, mas caberia a Traiano comandar os trabalhos partidários.
Aliás...
O ninho tucano já está de olho na eleição para o governo do estado em 2018. Integrantes do PSDB estão preocupados com as possíveis candidaturas aliadas da vice-governadora Cida Borghetti (Pros) e do secretário Ratinho Jr. (PSC), do Desenvolvimento Urbano. "Não podemos cometer o mesmo erro da eleição de Curitiba, quando tínhamos o melhor candidato [Gustavo Fruet] e abrimos mão da disputa", disse um tucano de alta plumagem, referindo-se ao senador Alvaro Dias (PSDB).
Disputando espaço
Em reunião marcada para as 9h30 de hoje, os líderes partidários definirão o comando das comissões da Assembleia Legislativa do Paraná. No total, são 24 grupos temáticos que analisam os projetos antes de eles irem à votação em plenário. Por ora, só estão definidos os nomes de Nelson Justus (DEM) na CCJ e de Nereu Moura (PMDB) no Orçamento.
Colaboraram: Carlos Vicelli, Bruna Walter e Euclides Garcia.
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