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Protógenes Queiroz na berlinda | Renato Araújo/Agência Senado
Protógenes Queiroz na berlinda| Foto: Renato Araújo/Agência Senado

O juiz Fausto Martin de Sanctis, da 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, ouviu ontem, em São Paulo, as testemunhas de defesa de Hugo Chicaroni e Humberto Braz, dois dos acusados no processo que resultou das investigações da Operação Satiagraha, da Polícia Federal. A defesa de Chicaroni tentou mostrar, na audiência, que a relação entre seu cliente e o delegado Protógenes Queiroz, que presidiu as investigações, era uma "relação de amizade sólida", na tentativa de provar que teria ocorrido uma "provocação" da autoridade policial, no suposto suborno de Chicaroni e Braz, ao delegado Vitor Hugo Rodrigues Ferreira. Os dois e o sócio fundador do Banco Opportunity, Daniel Dantas, são acusados de corrupção ativa.

A primeira testemunha ouvida foi o delegado Ricardo Saadi, que substituiu Protógenes na Satiagraha. Ele foi arrolado como testemunha de defesa e, portanto, não pôde faltar à audiência. De acordo com o procurador Rodrigo De Grandis, Saadi foi "arrolado como testemunha de Hugo Chicaroni porque tomou um depoimento dele na fase policial".

A testemunha seguinte foi o escrivão da PF, Amadeu Ranieri, que havia sido arrolado como testemunha de acusação do Ministério Público, mas foi dispensado e não chegou a depor na semana passada. Ontem ele foi arrolado como testemunha de defesa de Humberto Braz. Na avaliação do procurador De Grandis, Ranieri "não acrescentou muita coisa (no depoimento de hoje), porque não participou de forma ativa nas investigações".

Em seguida, foi ouvido o delegado Adelino Augusto de Andrade Júnior. De acordo com a defesa de Chicaroni, o depoimento do delegado visou provar a relação entre Chicaroni e Protógenes. Segundo o advogado de Chicaroni, teria sido Protógenes quem apresentou seu cliente ao delegado Adelino. "Foi confirmado pelo doutor Adelino que havia uma amizade, sim, entre Protógenes e Hugo Chicaroni", afirmou o advogado de defesa de Chicaroni.

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