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Ciro: clima ruim no partido | Eugênio Moraes/Jornal Hoje em Dia
Ciro: clima ruim no partido| Foto: Eugênio Moraes/Jornal Hoje em Dia

Brasília - A Executiva Nacional do PSB formaliza hoje a retirada da pré-candidatura do deputado Ciro Gomes (CE) à Presidência da República. Com a saída do deputado da corrida presi­­­dencial, o PSB deverá oficializar, em junho, o apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Para ter argumentos para defenestrar Ciro Gomes da disputa, a cúpula do PSB fez levantamento junto aos 27 diretórios do partido sobre a candidatura do deputado à Presidência da República. A tendência ontem era que a maioria dos diretórios se posicionasse contra a candidatura de Ciro, optando pelo apoio à Dilma. Um balanço preliminar indicava que apenas "entre cinco e seis diretórios" eram favoráveis a ma­­­­nutenção de candidatura pró­­­pria à Presidência, segundo um dos integrantes da cúpula do partido.

A reunião da Executiva Nacional do PSB, que vai selar o futuro de Ciro Gomes, está marcada para a tarde de hoje. O deputado não vai comparecer ao encontro que será comandado pelo presidente nacional do partido e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e pelo vice-presidente do PSB, Roberto Amaral.

O clima no PSB é de irritação com Ciro Gomes. Na se­­mana passada, ele criticou dirigentes da legenda e afirmou que o candidato tucano à Presidência, José Serra, é mais preparado do que Dilma. Integrantes da cúpula do partido abriram fogo amigo contra Ciro e, nos bastidores, defenderam que Pedro Brito, ministro-chefe da Secretaria de Portos, seja afastado do governo – Brito é homem de confiança do deputado.

"Não vamos polemizar com o Ciro", afirmou o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Segundo ele, o presidente Lula não tem planos de afastar o protegido de Ciro Gomes do ministério. "Essa é uma discussão interna no PSB e acho que o presidente Lula não vai concordar em fazer ajustes internos com cargos", observou o líder.

Barganha

Em troca da retirada de Ciro Gomes da corrida presidencial, os socialistas teriam reivindicado a ajuda do PT na formação de alianças em estados onde a candidatura do PSB é forte. É o caso de São Paulo, onde o candidato Paulo Skaf espera ter em sua coligação o PR e o PCdoB. A cúpula do PSB, no entanto, nega que exista esse tipo de negociação.

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