A convenção do Partido Socialista Brasileiro (PSB), realizada na manhã de ontem, confirmou o apoio da legenda à reeleição do governador Beto Richa (PSDB). "É o dia de homologar o posicionamento que já tomamos durante todo o mandato", disse Severino Araújo, presidente do PSB no Paraná.
Ao se coligar com os tucanos, o PSB vai indicar o primeiro suplente ao cargo de senador, que será disputado pelo tucano Alvaro Dias. O indicado para a suplência de Alvaro, anunciado oficialmente na convenção, é Edson Casagrande, ex-secretário de Assuntos Estratégicos do governo Richa. Já a campanha do governador, além do apoio da militância do PSB, deve ganhar 43 segundos adicionais na propaganda eleitoral do rádio e da televisão.
A convenção do PSB contou com a presença de Richa. "Eu vejo o PSB e o PSDB como um só partido aqui no Paraná. Por isso fico feliz com a aliança e tranquilo para dizer até que no nosso palanque terá espaço para Eduardo Campos", disse Richa. Também esteve presente o presidente do PSD no estado, deputado federal Eduardo Sciarra. A formalização do apoio contou com a presença de cerca de 70 delegados da sigla, que tiveram direito a voto, e outros filiados de Curitiba e do interior do estado.
PSB e PSDB são tradicionais aliados no Paraná. Quando Richa se elegeu prefeito de Curitiba, o vice era Luciano Ducci, do PSB. Ducci assumiu a prefeitura em 2010, quando Richa renunciou ao mandato para se candidatar ao governo paranaense.
Deputados
Apesar de se coligar ao PSDB nas eleições majoritárias (para governador e senador), o PSB não estará unido aos tucanos na disputa proporcional (para deputado estadual e federal). Mas a sigla ainda não formalizou a chapa para as eleições à Assembleia e à Câmara. A decisão foi delegada para a Executiva estadual. O PSB tem 38 filiados inscritos para concorrer a uma cadeira a deputado federal e 34 interessados em concorrer a estadual. Mas o partido vai esperar a resposta de outras legendas menores para definir a chapa nas eleições proporcionais.
O presidente da sigla do Paraná, Severino Araújo, disse que estão descartadas as coligações com os partidos que formam o "chapão". "Não vamos coligar com o PPS, PSDB, PTB ou DEM. O que está em aberto é a possibilidade de acordo com os partidos menores", diz. Atualmente, o partido tem um deputado federal Leopoldo Meyer e três estaduais Hermas Brandão Júnior, Wilson Quinteiro e Gilberto Ribeiro.
