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O candidato a vice-presidente e líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), afirmou que o partido entrará com representações contra a presidente Dilma Rousseff, parlamentares, funcionários da Petrobras, do Senado e da Secretaria de Relações Institucionais pela suposta fraude na CPI da estatal petrolífera. As representações devem ser feitas no Senado e no Conselho de Ética da Presidência da República.

Um dos parlamentares que será alvo da representação é o relator da comissão investigativa, senador José Pimentel (PT-CE).

Segundo Aloysio, além do PSDB, as representações devem ser assinadas pelo DEM. Ele diz ter conversado com o presidente do Democratas, Agripino Maia (RN) para acertar os detalhes da representação.

"Espero que o presidente do Senado tome as providências que cabem e ele tomar. Nós vamos fazer representações", afirmou Aloysio, após evento de campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB), em São José dos Campos, a 97 km de São Paulo.

De acordo com o tucano, a presidente "é, pelo menos, responsável moral" pela suposta fraude. "É impossível que ela não soubesse o que estava se armando este crime contra uma instituição da República", acrescentou.

Em vídeo divulgado pela revista Veja, o chefe do escritório da Petrobras em Brasília, José Eduardo Sobral Barrocas, o advogado da empresa Bruno Ferreira e uma terceira pessoa, ainda desconhecida, combinam o envio prévio de perguntas e um "gabarito" de respostas aos convocados para depor na CPI.

Aécio disse que a denúncia é "extremamente grave". "Brincam com a inteligência do brasileiro. Se confirmadas essas denúncias, estamos diante de uma grande farsa. Uma farsa que avilta o Congresso brasileiro em uma de suas funções fundamentais", afirmou.

O ex-governador de São Paulo e candidato ao Senado José Serra disse que agora caberia uma CPI da CPI, mas "no meio da eleição não dá tempo". "O ideal é que o povo faça sua CPI nas urnas", disse.

Denúncia

Representantes da Petrobras receberam com antecedência o "gabarito" com perguntas e respostas às questões que lhes seriam feitas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada no Senado para apurar irregularidades na estatal, segundo reportagem publicada na revista "Veja" desta semana.

De acordo com a publicação, a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas e foram treinados pela equipe da empresa sobre como respondê-las.

A revista baseia a informação em um vídeo que flagra uma conversa entre José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras em Brasília, e Bruno Ferreira, advogado da estatal.

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