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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ironizou nesta quarta-feira (14), em São Paulo, o slogan "O Brasil pode mais", adotado pelo pré-candidato tucano à Presidência da República, José Serra. "O Brasil sempre pode mais. O Brasil pode tudo. Sou o maior otimista de que o Brasil pode e pode muito, é só a gente acreditar na gente. É uma pena que quando eles governaram eles não acreditaram que podia mais", afirmou. "O Brasil pode tudo e entrou numa fase importante agora da credibilidade, da autoconfiança, da autoestima, da estabilidade, por isso, o Brasil pode dar um salto de qualidade."

No sábado passado (10), Serra foi oficialmente lançado como pré-candidato do PSDB à Presidência. Em seu discurso, adotou como slogan a frase "O Brasil pode mais" ao dizer que ainda "falta ainda muito o que fazer" no Brasil.

Questionado sobre a pesquisa Sensus divulgada nesta terça (13), que apontou um empate técnico entre a pré-candidata do PT ao Planalto, a ex-ministra Dilma Rousseff, e Serra, Lula afirmou que não comentaria o resultado. Ele disse que o único conselho que poderia dar aos pré-candidatos seria não ter pressa.

"Temos seis meses pela frente. A única coisa que posso dizer aos candidatos é que não tenham pressa porque uma campanha é uma maratona de muitos quilômetros e quem tentar correr vai chegar cansado. Agora é hora de preparar o combustível, preparar os motores e depois começar a campanha."

Reajuste a aposentados

Lula, que participou da abertura do 21º Congresso Brasileiro do Aço, conversou com a imprensa após o evento. Ele evitou dizer se é favor do percentual de 7,7% de reajuste para os aposentados defendido pela base aliada, ou do reajuste de 6,14% defendido pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"A gente não pode ficar tomando decisões antecipadas sem saber se o Congresso vai aprovar ou não. Tinha um acordo feito com as centrais sindicais. Esse acordo foi para o Congresso Nacional. Lá no Congresso, houve as emendas. Então vou esperar votar e chegar na minha mesa para tomar a decisão do que fazer", afirmou.

O presidente disse que é preciso avaliar vários fatores antes de tomar uma decisão sobre o tema. "Tenho que saber quais foram as condições políticas em que foi votado, quais são as condições da Previdência para suportar isso, e longe de fazer qualquer injustiça para os aposentados brasileiros. Tenho que levar em conta a disponibilidade do dinheiro que é do próprio trabalhador. Tem que esperar chegar na minha mesa porque antes não posso fazer qualquer juízo de valor", respondeu.

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