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João Luiz Cordeiro (PSDB): presidente da Câmara diz não ter ficado surpreso com novas denúncias | Daniel Caron/ Gazeta do Povo
João Luiz Cordeiro (PSDB): presidente da Câmara diz não ter ficado surpreso com novas denúncias| Foto: Daniel Caron/ Gazeta do Povo

Subcontratados

Servidores envolvidos retornaram aos órgãos de origem

Os servidores Antônio Carlos Massinhan e Francely Villagra, que comandaram uma rede de empresas subcontratadas para prestar serviço de publicidade para o Legislativo municipal, foram devolvidos pela Câmara aos seus órgãos de origem, segundo o presidente da Casa, João Luiz Cordeiro (PSDB). Massinhan estava cedido ao Legislativo municipal pela URBS e Francely, pelo Ippuc.

De acordo com Cordeiro, o retorno deles ocorreu na última sexta-feira. Ele afirma que o mesmo ocorreu com outros servidores cedidos à Câmara. Cordeiro, no entanto, não confirmou quantos servidores estavam nessa situação. Segundo o presidente da Câmara, o balanço sobre a situação do quadro de funcionários da Câmara deverá ser divulgado ao final do recadastramento dos servidores, previsto para ser encerrado no dia 15 de maio. (VB)

MP e TC investigam irregularidades

O Ministério Público do Paraná (MP) e o Tribunal de Contas Estadual (TC) vão investigar as novas denúncias de supostas irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara de Curitiba. O MP afirmou que, além da apuração já em curso, vai incluir as novas informações divulgadas pela Gazeta do Povo e a RPC TV no inquérito civil instaurado sobre os contratos de publicidade da Casa. Cópia das matérias e documentos utilizados pela reportagem foram socilitados pelos promotores.

Por meio da assessoria de imprensa, o TC informou que está em andamento uma investigação sobre irregularidades nos contratos de publicidade Câmara. No entanto, de acordo com a assessoria, antes da divulgação de informações, os técnicos irão verificar a totalidade dos documentos. De acordo com o presidente do TC, Fernando Guimarães, o órgão está trabalhando em conjunto com o MP neste caso. (VB)

As executivas municipal e estadual do PSDB, em conjunto com o Conselho de Ética de cada instância, vão se reunir no próximo dia 7 de maio para decidir se expulsam da legenda o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba João Cláudio Derosso. O encontro foi anunciado ontem pelo presidente em exercício do partido no Paraná, deputado estadual Valdir Rossoni. O tucano é favorável ao afastamento de Derosso do partido. Segundo ele, o PSDB não pode pagar por atos de seus filiados.

O desligamento de Derosso do PSDB, caso seja confirmado, impedirá o ex-presidente da Câmara de disputar a reeleição para vereador neste ano. "Não queremos fazer pré-julgamentos, mas o partido não pode ser responsabilizado por atos de seus filiados. O partido tem de ser algo acima das pessoas", defendeu Rossoni. "A cada dia que passa as denúncias [contra Derosso] aumentam e não temos visto explicações convincentes."

Clima

Derosso não participou da sessão no plenário da Câmara ontem. O vereador justificou ausência alegando ter consulta médica. Na Casa, os novos indícios de irregularidades envolvendo contratos de publicidade do Legislativo municipal parecem não ter surpreen­­dido os vereadores.

"Imagino que devem aparecer novas denúncias com o passar do tempo", declarou o líder do PT, Pedro Paulo. O presidente da Câmara e colega de partido de Derosso, João Luiz Cordeiro, seguiu o mesmo raciocínio: "Não posso dizer que estou surpreso, porque a Câmara já vem recebendo denúncias", revelou, sem dar mais detalhes.

Na sessão de ontem, o foco das críticas dos vereadores em relação às novas suspeitas envolvendo os contratos de publicidade da Casa recaiu mais na imprensa do que em Derosso. O vereador Emerson Prado, líder dos tucanos na Câmara, usou a tribuna para criticar as denúncias recorrentes à Casa, alegando que elas colocam o trabalho do Legislativo em segundo plano.

O posicionamento do vereador despertou críticas da oposição, que lançou uma nota de desagravo, assinada pelos parlamentares do PT e PMDB. O texto afirma que um dos objetivos da imprensa é o de fiscalizar o poder público. Em entrevista coletiva no início da tarde, Cordeiro disse que a Câmara está aberta às críticas. "Sou democrático e todos têm o direito de falar. A crítica construtiva melhora o desempenho."

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