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O PSOL vai entrar com cinco representações em agosto para que os Conselhos de Ética da Câmara e do Senado abram processo por quebra de decoro parlamentar contra dois senadores - Renan Calheiros (PMDB-AL) e Gim Argello (PTB-DF) - e três deputados - Olavo Calheiros (PMDB-AL), Paulo Magalhães (PMDB-BA) e Maurício Quintella (PR-AL).

- Nós não nos arvoramos os paladinos da ética. Mas nos sentimos na obrigação de fazer estas representações. Infelizmente outros partidos não têm apoiado essas iniciativas - disse a deputada Luciana Genro (PSOL-RS).

O PSOL vai apresentar uma nova representação contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerando que há indícios de que ele tenha feito tráfico de influência ao defender os pleitos da cervejaria Schincariol em órgãos públicos. Essa empresa comprou por R$ 27 milhões uma fábrica de refrigerantes que pertencia ao seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL). O partido pleiteou que esse episódio fosse acrescentado à representação já existente contra Renan, que investiga se a construtora Mendes Junior pagou suas despesas pessoais, mas o Conselho de Ética rejeitou o pedido de aditamento.

Os integrantes da bancada do partido também informaram que vão entrar com uma representação contra o suplente Gim Argello (PTB-DF), se este assumir a cadeira que ficou vaga com a renúncia do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF). A investigação da Polícia Civil de Brasília, no âmbito da Operação Navalha, também aponta suspeitas de que Gim teria participado da partilha de um cheque de R$ 2,2 milhões da qual participaram o empresário Nenê Constantino, dono da Gol e de empresas de transporte coletivo, o ex-presidente do BRB Tarcisio Franklin de Moura e Roriz.

- Na Câmara queremos a abertura de processo contra os deputados envolvidos com as inevstigações das Operações Navalha e Schincariol - afirmou Luciana Genro.

Estão nessa situação, além de Olavo Calheiros, os deputados Paulo Magalhães e Maurício Quintella, que segundo investigações feitas pela Polícia Federal na Operação Navalha, teriam envolvimento com as fraudes e desvios de recursos públicos feitos pela empreiteira Gautama, que pertence ao empresário Zuleido Veras.

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