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O PT curitibano enviou ontem um ofício ao Ministério das Comunicações acusando a TV E-Paraná, ligada ao governo do estado, de censurar discursos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ministro das Cidades, Mário Negromonte, que é filiado ao PP. A polêmica ocorreu durante a transmissão da cerimônia de anúncio do financiamento do metrô curitibano, na quinta-feira.

Segundo a presidente do PT de Curitiba, Roseli Isidoro, o motivo da acusação foi o fato de a E-Paraná ter transmitido na íntegra apenas dois discursos do evento: o do governador Beto Richa (PSDB) e o do prefeito de Curitiba, Luciano Ducci (PSB). O discurso de Negromonte não foi exibido e o de Dilma foi ao ar apenas parcialmente, conforme antecipou a coluna de Reinaldo Bessa, na edição de ontem da Gazeta do Povo.

"Estamos pedindo ao ministério que tome providências quanto a isso. O que ficou constatado foi a censura à presidenta e ao ministro", afirmou Roseli Isidoro. Dilma veio a Curitiba para anunciar que o governo federal dará R$ 1 bilhão a fundo perdido para a Linha Azul do metrô, que ligará o Centro ao sul da Cidade Industrial.

"Foi um ato imaturo, antidemocrático, que com certeza deve ser repudiado e inclusive sofrer uma punição", declarou o deputado federal e secretário nacional de Comunicação do PT, André Vargas.

Problemas técnicos

O governo do estado nega que tenha havido favorecimento a Richa e Ducci, ou que tenha havido censura aos integrantes do governo federal. Segundo a diretora de jornalismo da E-Paraná, Ângela Luvisotto, o que ocorreu foi meramente um problema técnico. "Estávamos usando o sinal da Radiobrás [antigo nome da Empresa Brasileira de Comunicação]. E em alguns momentos houve problemas com a transmissão."

A assessoria de imprensa da Empresa Brasileira de Comuni­­­cação (EBC) afirma que não hou­­­ve qualquer problema com a transmissão em Curitiba. A ÓTV, canal a cabo do Grupo Pa­­­ra­­­na­­­ense de Comunicação, que edita a Gazeta do Povo, trans­­mitiu a cerimônia usando o sinal da EBC e também não re­­­gistrou problemas na geração.

Ângela Luvisotto diz ainda que a emissora seguiu uma orientação da própria EBC ao fazer a transmissão "em flashes", durante a programação regular. A emissora alternou as imagens da cerimônia com o programa infantil "Cocoricó". A EBC, porém, diz que não tem conhecimento de que essa orientação tenha sido feita.

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