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Dilma: aprovação em baixa encurtou os seminários | Josué Teixeira/ Gazeta do Povo
Dilma: aprovação em baixa encurtou os seminários| Foto: Josué Teixeira/ Gazeta do Povo

A primeira aparição da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula desde as manifestações de junho, na noite de ontem, marcou também o fim precoce do ciclo de comemorações pelos dez anos do PT no governo. Inaugurado em fevereiro, quando Lula lançou Dilma à reeleição, o seminário "O decênio que mudou o Brasil" era previsto para ocorrer em dez capitais. Deveria durar até o fim do ano. Mas com a aprovação da presidente em queda, o PT decidiu encerrar os seminários com o evento de ontem, em Salvador, a sexta cidade da turnê.

Os seminários serão encerrados sem passar pelo Norte e Centro-Oeste do país. Curitiba recebeu o encontro em junho, pouco antes de as manifestações de rua tomarem conta do país. O encontro que seria em Goiânia, no fim de junho, acabou cancelado devido à onda de protestos.

Termômetro

As reuniões anteriores sempre serviram de termômetro para a PT e o Planalto. Após Lula lançar Dilma à reeleição em São Paulo, no dia 20 de fevereiro, o ex-presidente aproveitou a reunião de Fortaleza, uma semana depois, para mandar um recado à base: "O PT pode até ganhar a eleição sozinho, mas precisa de aliados para governar. Tem hora em que precisamos do apoio dos aliados, e tem horas que temos que ter a humildade de apoiar os outros."

Com o aumento das críticas, especialmente em relação à situação econômica do país, as falas passaram a ter um tom de resposta à oposição. Foi o que ocorreu em Porto Alegre e Curitiba.

Ontem, no primeiro encontro após os protestos de junho, Lula disse que Dilma cumprirá suas promessas de campanha ao fim do primeiro mandato e que o grande "defeito" do PT foi dar "voz e vez" para os pobres.

"O que seria do Brasil sem nós? A gente tem de olhar há dez anos, quando chegamos ao governo. Temos o direito de reivindicar tudo que falta e o dever de dizer que tudo aquilo que conquistamos", disse o ex-presidente.

O encontro em Salvador ocorreu após rusgas entre Dilma e o PT, que emitiu uma resolução com críticas ao governo. No sábado, ela não foi à reunião do Diretório Nacional do partido, em Brasília.

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