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A direção estadual do PT está procurando partidos que fazem parte da base de apoio do governo Lula no Congresso Nacional para tentar fechar uma aliança para as eleições no Paraná, em torno da candidatura de Flávio Arns ao governo. Já participaram de conversas iniciais lideranças e direção do PTB, PL e PSB.

O encontro com o PL foi há duas semanas, entre os presidentes dos diretórios dos dois partidos, Oliveira Filho do PL e André Vargas do PT. Durante um almoço em Curitiba, o deputado federal Oliveira Filho disse que a prioridade do PL é lançar uma chapa completa, com Vitor Hugo Burko para o governo e Valdemir Soares para o Senado para fortalecer o partido e superar a cláusula de barreira. Porém, o dirigente do PL não descartou a aliança com o PT no estado. "Se por algum motivo a candidatura de Burko for inviabilizada, seria coerente nos juntarmos ao PT. Já estivemos juntos em 2002 e o PL faz parte da base de apoio do governo federal", diz Oliveira, que também lembra que o partido já conversou com o PPS de Rubens Bueno, mas que se o PL for discutir coligação com algum partido, seria prioritariamente com o PT.

A conversa inicial entre PT e PL chegou a entrar na esfera das possibilidades de espaço que o PL teria. O PT pensa em oferecer a vaga de vice-governador na chapa majoritária, mas o PL estaria mais interessado no Senado, se desistir da candidatura própria. Oliveira diz que tanto Burko quanto Valdemir Soares estão animados com as candidaturas, são caras novas na política e poderiam ajudar a fortalecer o partido, como foi feito nas eleições municipais em Curitiba, com a candidatura de Mauro Moraes a prefeito. Mas que até a convenção em junho será possível conferir a receptividade de Burko junto aos eleitores parananeses. O PL tem 80 inserções e mais o programa estadual do partido, neste semestre, para lançar a pré-candidatura de Burko. "Se ele não despontar nas pesquisas, ou se for abduzido por um disco voador, o segundo passo seria procurar outros partidos", diz Oliveira.

De acordo com o dirigente, o PL nacional não deu nenhuma orientação para que o partido faça coligações regionais com o PT. "Pelo contrário. Eles confiam no nosso julgamento", disse.

O PSB também foi chamado para conversar e avisou que tem conversado com outros partidos, como o PPS de Rubens Bueno. Uma nova conversa deve ser marcada para este mês com Severino Araújo, presidente do PSB estadual.

O deputado estadual André Vargas disse que as conversas ainda são preliminares, já que seria cedo para decidir alianças. Mas o PT está tentando se aproximar de partidos que estão unidos ao PT no governo federal. "Estamos chamando partidos que apóiam Lula na candidatura a presidente da República e que queiram estar conosco na campanha de Flávio Arns", diz Vargas. Esse leque atingiria também partidos nanicos, como o PAN, PMN e o PTN.

O PC do B, antigo companheiro de aliança no Paraná, estaria, a princípio, fora das prioridades do PT. "Eles estão no projeto Requião. Não queremos partidos que apóiem Requião", diz Vargas, que ainda não avisou os comunistas desse posicionamento do partido.

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