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Tião Viana já começou a campanha pelos votos dos colegas de Senado | Geraldo Magela/Ag.Senado
Tião Viana já começou a campanha pelos votos dos colegas de Senado| Foto: Geraldo Magela/Ag.Senado

Ao lançar terça-feira o nome do senador Tião Viana (PT-AC) para a presidência do Senado, a bancada do PT deu início à campanha do partido para a eleição que será realizada em fevereiro e comprou uma briga com o PMDB. O lançamento de Viana foi feito durante jantar na residência do senador petista Eduardo Suplicy (SP). O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini (SP), e outros senadores petistas entrarão em ação, agora, para convencer o PMDB a apoiar Viana, que também já está em campo buscando apoios na oposição.

Nos bastidores, os petistas apostam que os peemedebistas aceitarão os apelos do PT, mesmo porque o PMDB, apesar de ser majoritário, não dispõe de um nome forte para concorrer com Tião Viana. E não acreditam que o senador José Sarney (PMDB-AP) aceitaria disputar com Viana no plenário.

O líder do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), que seria uma opção para a presidência, iria comunicar ontem à noite aos colegas que deseja ser reconduzido à liderança em 2009. Essa atitude pode atrapalhar os planos do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem o apoio de Sarney, e causar um racha na bancada.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) aposta em um entendimento com o PMDB em favor de Tião Viana e, com outros petistas, está trabalhando pela unidade da base aliada. Segundo Mercadante, os senadores Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), ambos do PMDB, já anunciaram apoio ao petista.

Entre a candidatura de Tião Viana e a estabilidade política do governo Lula, o PT ficou com a segunda opção. Foi com este discurso que o partido recuou da queda-de-braço travada nos últimos dias com o PMDB do candidato a presidente da Câmara, Michel Temer (SP), e se comprometeu a apoiar o PMDB na sucessão da Câmara, sem exigir reciprocidade para eleger Viana no Senado.

O recuo também foi decidido durante jantar da bancada de senadores do PT na terça-feira. "Temos uma aliança estratégica com o PMDB há seis anos, que foi decisiva para a governabilidade, e não podemos pôr essa governabilidade em risco", argumentou o senador Aloizio Mercadante (PT-SP), poucas horas depois de deputados do PMDB terem ensaiado uma rebelião contra o PT, ameaçando romper a coalizão e a parceria que o presidente Lula quer estender à sucessão de 2010. "O governo precisa ter estabilidade parlamentar, especialmente durante a crise financeira internacional", emendou.

A avaliação geral dos petistas foi de que era preciso repensar a tática da pressão sobre o PMDB da Câmara, que cobrava o cumprimento do acordo que garantiu a eleição do atual presidente, Arlindo Chinaglia (PT-SP), dois anos atrás, em troca do apoio a Temer agora.

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