• Carregando...

O PT do Paraná resistiu o quanto pôde. Mas, pressionado pelo diretório nacional do partido, aderiu ao chapão ao lado de PDT e PMDB para a disputa das eleições proporcionais (a deputado), contrariando decisão da convenção estadual da legenda, realizada no domingo. O acordo foi um dos pontos que PT estadual teve de ceder para conseguir agrupar as três legendas em torno da candidatura do senador Osmar Dias e, assim, oferecer um palanque forte à presidenciável Dilma Rousseff (PT) no Paraná.

Para parlamentares petistas, porém, o chapão é visto como um "sacrifício" e um risco bastante grande de perder boa parte das quatro cadeiras que o partido tem na Câmara Federal e as seis na Assembleia Legislativa.

Isso pode ocorrer porque o número de deputados eleitos depende do chamado quociente eleitoral, um cálculo que soma os votos obtidos pela coligação para definir quantas cadeiras no parlamento ela terá direito. Como um chapão tem muitos partidos, o número de votos necessários para eleger um único deputado tem de ser maior do que se a legenda concorresse sem estar coligada. O PT teme justamente que venha a perder parlamentares, enquando o PMDB tenderia a ganhar.

De acordo com o deputado estadual e presidente do PT no Paraná, Ênio Verri, a atitude do partido em aderir ao chapão é uma prova da disposição dos parlamentares em garantir a vitória do projeto nacional em torno de Dilma. Segundo ele, que é um dos que pode ter o mandato "sacrificado" em virtude da aliança nas proporcionais, a possibilidade de diminuição da bancada parlamentar petista é real.

"Mas isso não é certeza. A eleição é uma disputa intensa e, com certeza, iremos lutar muito mais do que antes pela manutenção da nossa bancada", afirmou Verri. "Temos a confiança de que o Osmar tem grande capacidade de vitória e que nós poderemos manter nossa chapa proporcional."

A candidata do PT ao Senado, Gleisi Hoffmann, também teve o mesmo discurso. Para ela, o "sacrifício" pelo chapão se faz necessário para dar sustentação ao projeto nacional do partido. "A eleição da Dilma é a coisa mais importante que temos agora, pela continuidade do governo Lula, que está mudando a vida dos brasileiros", disse. "Mas vamos fazer um grande esforço para dar coesão ao partido e fortalecer as candidaturas que ficaram na chapa."

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]