
Em reportagem publicada neste fim de semana pela revista IstoÉ, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Luiz Antonio Pagot afirma que a campanha de Dilma Rousseff pediu que ele entrasse em contato com empresas para pedir financiamento de campanha. Segundo ele, o pedido teria sido feito plo tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, o deputado federal José de Filippi Júnior.
Pagot deixou o governo federal no ano passado depois dos escândalos que levaram à demissão do então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Na longa entrevista que concedeu à IstoÉ, o antigo diretor do principal órgão de obras viárias do país também denuncia um suposto esquema de caixa 2 do PSDB de São Paulo para financiar as campanhas de Geraldo Alckmin e de José Serra.
De acordo com Pagot, após receber o pedido da campanha de Dilma, ele teria se reunido com empreiteiras. Isso, segundo ele, teria resultado em 20 ou 30 doações para financiar a campanha de Dilma Rousseff.
Filippi (PT-SP) negou ontem ter feito o pedido. Ele disse conhecer os presidentes das construtoras que financiaram Dilma e afirmou que elas já haviam feito contribuições à campanha do ex-presidente Lula em 2006. "Sem nenhum demérito ao senhor Pagot, eu não precisaria dele para fazer contato com essas empresas", disse.
Filippi afirmou que Pagot só conseguiu e intermediou uma doação à campanha, de R$ 1 milhão, do senador Blairo Maggi (PR-MT). A contribuição foi registrada em novembro, quando Dilma já estava eleita.
No caso do PSDB, a denúncia de Pagot diz que o partido se beneficiou de superfaturamento na obra do Rodoanel. A assessoria de Alckmin emitiu nota negando as informações.
"A matéria da IstoÉ é caluniosa. As campanhas eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sempre contaram com doações declaradas à Justiça Eleitoral. O governador não foi procurado pela revista, ao contrário de um grupo seleto de personagens nela citados. Com esse procedimento abominável, a Istoé deixou que prosperassem mentiras ditas pelo Sr. Luiz Antônio Pagot baseadas em algo que ele teria ouvido de um procurador de empreiteira cujo nome ele nem menciona", diz o texto.



