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Diretor do Dnit nos governos de Lula e de Dilma, Pagot fala sobre financiamento de campanha | Wilson Dias /ABr
Diretor do Dnit nos governos de Lula e de Dilma, Pagot fala sobre financiamento de campanha| Foto: Wilson Dias /ABr

Veja

Líder nega orientação de deputados em CPI

Folhapress

O líder do PT na Câmara, Jilmar Tatto, negou a existência de um documento orientando a atuação dos deputados do partido na CPI do Cachoeira, conforme noticia revista "Veja" na edição que chega às bancas neste fim de semana.

"A "Veja’ fala de um documento do PT, mas não está assinado, é apócrifo", disse Tatto. "Não existe [documento orientando os deputados do PT]. Ao contrário, a orientação dos deputados é apurar o crime organizado do carlinhos Cachoeira. Acho que a "Veja’ está preocupada com isso, talvez".

Tatto afirmou que os documentos assinados pela liderança do PT são assinados por ele e, por isso, reiterou que não existe qualquer orientação. "Eu não conheço este documento, eu não vi", disse ele.

Em reportagem publicada neste fim de semana pela revista IstoÉ, o ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Luiz Antonio Pagot afirma que a campanha de Dilma Rousseff pediu que ele entrasse em contato com empresas para pedir financiamento de campanha. Segundo ele, o pedido teria sido feito plo tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, o deputado federal José de Filippi Júnior.

Pagot deixou o governo federal no ano passado depois dos escândalos que levaram à demissão do então ministro dos Transportes Alfredo Nascimento. Na longa entrevista que concedeu à IstoÉ, o antigo diretor do principal órgão de obras viárias do país também denuncia um suposto esquema de caixa 2 do PSDB de São Paulo para financiar as campanhas de Geraldo Alckmin e de José Serra.

De acordo com Pagot, após receber o pedido da campanha de Dilma, ele teria se reunido com empreiteiras. Isso, segundo ele, teria resultado em 20 ou 30 doações para financiar a campanha de Dilma Rousseff.

Filippi (PT-SP) negou ontem ter feito o pedido. Ele disse conhecer os presidentes das construtoras que financiaram Dilma e afirmou que elas já haviam feito contribuições à campanha do ex-presidente Lula em 2006. "Sem nenhum demérito ao senhor Pagot, eu não precisaria dele para fazer contato com essas empresas", disse.

Filippi afirmou que Pagot só conseguiu e intermediou uma doação à campanha, de R$ 1 milhão, do senador Blairo Maggi (PR-MT). A contribuição foi registrada em novembro, quando Dilma já estava eleita.

No caso do PSDB, a denúncia de Pagot diz que o partido se beneficiou de superfaturamento na obra do Rodoanel. A assessoria de Alckmin emitiu nota negando as informações.

"A matéria da IstoÉ é caluniosa. As campanhas eleitorais do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sempre contaram com doações declaradas à Justiça Eleitoral. O governador não foi procurado pela revista, ao contrário de um grupo seleto de personagens nela citados. Com esse procedimento abominável, a Istoé deixou que prosperassem mentiras ditas pelo Sr. Luiz Antônio Pagot baseadas em algo que ele teria ouvido de um ‘procurador de empreiteira’ cujo nome ele nem menciona", diz o texto.

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