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Apesar da saída do PSB de cargos no Planalto e da ruptura do diretório gaúcho com o governo petista de Tarso Genro, o PT tenta manter os cargos que ocupa em Estados comandados pelo PSB.

Os petistas seguem orientação da Executiva nacional, que decidiu manter os cargos desde que haja "compatibilidade de programas" entre as siglas. A estratégia petista é evitar a ruptura total antes das eleições de 2014, o que poderia favorecer uma aproximação entre Campos e o senador Aécio Neves (PSDB-MG), outro provável adversário de Dilma no próximo ano.

Em Pernambuco, o PT permanece no governo Campos com as secretarias de Transportes e Cultura. No início da semana, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, conversou com lideranças locais do partido para convencê-los a continuar na gestão.

No Ceará, Estado governado por Cid Gomes (PSB), único a se manifestar contrariamente à entrega dos cargos no governo federal, o PT nem sequer discutiu o assunto. "O PT participa da aliança com o governador [Cid]", disse o vice-presidente da sigla no Estado, Joaquim Cartaxo.

No Espírito Santo, o PT também decidiu continuar no governo Renato Casagrande (PSB) -a sigla tem a vice-governadoria e as pastas do Turismo e da Assistência Social.

A decisão se repete no Piauí. O diretório estadual do PT permanece no governo Wilson Martins (PSB), onde comanda Cultura, Cidades, Assistência Social e Justiça. "O governador disse que a aliança está muito bem e que não tinha sentido o PT entregar os cargos", disse Edilberto Borges, do PT-PI.

A aliança também continua no Amapá, onde o PT comanda as pastas de Turismo e Segurança na gestão Camilo Capiberibe (PSB).

Na Paraíba, único dos seis Estados governados pelo PSB onde o PT é oposição, nada muda, afirma o presidente do PT-PB, Rodrigo Soares.

Na semana passada, o PSB anunciou sua saída do governo Dilma Rousseff, em mais um gesto rumo à candidatura presidencial do governador de Pernambuco e presidente nacional da sigla, Eduardo Campos.

RS

O PSB do Rio Grande do Sul seguiu o exemplo do comando nacional da sigla e decidiu sair do governo petista de Tarso Genro no Estado. A definição ocorreu em reunião na noite de segunda-feira e foi formalizada em um rápido encontro com o governador ontem.

Com a decisão, o partido perde a pasta da Infraestrutura, uma das mais importantes no Estado. Em carta a Tarso, o presidente do PSB-RS, Beto Albuquerque, citou a "responsabilidade política com o projeto nacional do partido".

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