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Angelo Vanhoni (PT-PR). | Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo
Angelo Vanhoni (PT-PR).| Foto: Marcelo Andrade/ Gazeta do Povo

Lamento

Partido perde ideologia, reclama Dr. Rosinha

O deputado federal Dr. Rosinha lamentou a decisão do PT de apoiar a candidatura de Gustavo Fruet (PDT) à prefeitura de Curitiba. "O PT está cometendo um erro em não lançar candidato", reclama Rosinha, que brigava para ser o candidato do partido na disputa deste ano. Ele concorda que com o PDT a legenda poderá se aproximar da vitória, mas defende que os nomes petistas também tinham força para chegar ao segundo turno. "Era uma oportunidade ímpar, que deixamos para trás", diz.

Para ele, ter candidato próprio seria ser protagonista. "Com a união, o PT perde ideologicamente, perde na construção da sua história e perde uma oportunidade de mostrar à sociedade a sua proposta de governo", justifica.

Dr. Rosinha também deixou claro que não está disposto a concorrer como vice. "Não sei se o grupo disposto a coligar já iniciou conversações sobre isso, mas eu só concorreria como prefeito."

Também pré-candidato do PT à prefeitura, o deputado estadual Tadeu Veneri lamentou a impossibilidade de concorrer. Ele ressaltou, no entanto, que trabalhará junto com o grupo para eleger Fruet, já que essa foi uma decisão da maioria. "Nosso desafio agora é vencer a chapa que envolve o PSDB, que tem a máquina a seu favor."

O diretório municipal do PT referendou a decisão de apoiar a candidatura do ex-deputado Gustavo Fruet (PDT) à prefeitura de Curitiba. Em troca, os petistas ficarão com a vice na chapa de Fruet. A decisão – já indicada na eleição dos delegados no dia 15 de abril – foi oficializada no último sábado, na convenção da sigla. Foram 167 votos de delegados a favor da aliança e 128 defendendo a candidatura própria.

Por enquanto, o mais cotado para ser o vice de Fruet é o do deputado federal Angelo Vanhoni. Integrante do grupo que defendia o apoio ao pedetista, o deputado chegou a colocar seu nome entre os pré-candidatos do PT para a prefeitura de Curitiba. Vanhoni era considerado o nome preferencial do partido caso a tese da aliança com Fruet não passasse.

Apesar da preferência do partido pelo nome de Va­nho­ni para vice de Fruet, a presidente da sigla em Curitiba, Roseli Isidoro, garante que a questão ainda não está fechada. Segundo ela, a indicação do vice só será definida em junho, na nova convenção da legenda. Além de Vanhoni, ela cita outras possíveis apostas do partido. "Eu mesma e nossos vereadores, como Jonny Stica e Pedro Paulo, poderemos nos colocar à disposição", afirmou.

Planos

Essa será a primeira vez nas eleições de Curitiba que o PT não vai lançar candidato próprio. Para dirigentes do partido que apoiam a aliança com Fruet, isso não significa que a legenda perdeu força. Na opinião do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a coligação com Fruet é na verdade uma alternativa concreta para o PT chegar à prefeitura.

"Nossa avaliação é que tanto um candidato nosso quanto o Gustavo [Fruet] isolados estariam mais frágeis. Acreditamos que uma união é mais garantida para conquistar a confiança do cidadão e ir ao segundo turno", disse o ministro.

Para ele, a aliança foi natural. "Nós estivemos com o PDT em 2010 e a aliança, agora, é um passo a mais na construção de uma união em 2014", argumenta Bernardo, indicando que o partido já pensa na eleição estadual. A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, mulher de Bernardo, é cotada como pré-candidata do PT ao governo do Paraná.

Além dos planos para 2014, o ministro diz que a coligação em Curitiba faz parte de um projeto mais amplo do partido para este ano no estado. "O PT terá candidato próprio em Londrina, Maringá e Cascavel. Queremos fazer alianças com o PDT nessas cidades também."

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