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Dilma e Lula estiveram lado a lado em evento petista para selarem o “companheirismo” e a “lealdade” entre ambos | Michel Filho/ Agência O Globo
Dilma e Lula estiveram lado a lado em evento petista para selarem o “companheirismo” e a “lealdade” entre ambos| Foto: Michel Filho/ Agência O Globo

ATAQUES

Segundo Rui Falcão, Aécio Neves tem propostas "desatinadas" em seu projeto político, como a flexibilização das leis trabalhistas, e Eduardo Campos "nunca teve ideias próprias" e "sempre andou a reboque" do programa de desenvolvimento do PT.

  • Tucano participou de debate organizado por empresários

O presidente nacional do PT, deputado estadual Rui Falcão (SP), divulgou texto em que destaca que o objetivo do 14.º Encontro Nacional do partido é formalizar "solenemente" a indicação da presidente Dilma Rousseff como pré-candidata à reeleição. O texto foi lido na noite de ontem, durante o discurso de abertura do evento, em São Paulo, que contou com a presença de Dilma e do ex-presidente Lula.

"Faltam seis meses para o dia da eleição. Daqui até lá, não há tarefa mais importante do que obter, nas urnas, um segundo mandato para a companheira Dilma. Um outro mandato ainda melhor que o atual, com novos avanços, novos direitos, novas oportunidades, reformas estruturais urgentes e imprescindíveis", afirma Falcão no texto.

Nos últimos dias, o movimento "volta, Lula" ganhou força com o manifesto de parte da bancada do PR, partido da base do governo, que pediu a substituição de Dilma pelo ex-presidente em outubro. Em resposta, Dilma disse que será candidata com ou sem o apoio da base aliada.

O texto de Falcão destaca justamente os feitos do ex-presidente Lula e aponta para a continuidade da gestão Dilma. "Depois dos oito anos marcantes da gestão do presidente Lula, o governo da presidenta Dilma consolidou as conquistas alcançadas naquele período e, apesar do agravamento da crise mundial e do cerco midiático, promoveu avanços significativos", defende, citando entre alguns programas o Mais Médicos, o Pronatec e o Ciência sem Fronteiras.

Segundo Falcão, nos seis meses que faltam até a eleição "não há tarefa mais importante do que obter, nas urnas, um segundo mandato para a companheira Dilma". "Esta é uma aspiração não apenas do PT, mas da maioria do povo brasileiro", afirma. "A rima popular é mudança com esperança. E a sabedoria popular diz que mudança com esperança é Dilma."

Críticas

No texto, Falcão também ataca os adversários da presidente nas próximas eleições. Ele diz que o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB, tem propostas "desatinadas" em seu projeto político, como a flexibilização das leis trabalhistas e o fim da lei que prevê aumentos automáticos no salário-mínimo. E afirma ainda que o pré-candidato do PSB, Eduardo Campos, "nunca teve ideias próprias" e "sempre andou a reboque" do programa de desenvolvimento do PT. "Cuidado! Porque misturar tapioca com açaí às vezes pode causar indigestão", afirma Falcão, em alusão à aliança de Campos com Marina Silva, da Rede.

Aécio põe Campos como aliado em 2015

Agência O Globo

O senador Aécio Neves (PSDB) disse ontem que seus planos para a Presidência da República são muito parecidos com os do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) e que vê os dois trabalhando "no mesmo projeto de país" a partir de 2015. Pré-candidata a vice de Campos, a ex-senadora Marina Silva rebateu a aproximação do tucano e declarou que vê "diferenças profundas" entre os dois programas.

Aécio e Campos protagonizaram ontem o primeiro debate entre pré-candidatos à Presidência durante um fórum organizado por empresários na ilha de Comandatuba, na Bahia. A presidente Dilma Rousseff foi convidada, mas informou que não poderia comparecer.

"Não consigo ver o Eduardo como adversário. Somos companheiros do mesmo sonho, queremos a mesma coisa. Não vejo como, a partir de 2015, não estarmos eu, [Eduardo]Campos e Marina [Silva] no mesmo projeto de país", afirmou Aécio.

Perguntada sobre as declarações do mineiro após o debate, Marina Silva rebateu a afirmação. "Não vi ele falar claramente que se dispõe a manter as conquistas sociais. Não vi dizer que, independente dos partidos, quer fazer uma governabilidade programática, recrutando os melhores de todos os partidos", declarou. Marina defendeu que sua candidatura com Campos propõe discussões com todas as legendas, desde que seja em torno de projetos e programas de governo – e não tendo em vista a negociação de cargos públicos.

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