• Carregando...
O deputado Geraldo Magela (DF) defende concessões na reforma política | Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr
O deputado Geraldo Magela (DF) defende concessões na reforma política| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ ABr

O PT se divide entre a reforma política considerada ideal e a possível. Integrantes da cúpula petista defendem que o partido abra mão de pontos como o voto em lista preordenada, a Assembleia Constituinte exclusiva, o plebiscito sobre o tema e a defesa da reeleição para viabilizar a aprovação, pelo Congresso, do financiamento público de campanhas eleitorais. Uma negociação nesses moldes, no entanto, encontra resistências internas porque, na visão de alguns, "rebaixaria o debate".

A defesa das concessões está em texto apresentado pelo secretário-geral do PT, deputado Geraldo Magela (DF), em reunião da Executiva Nacional do partido, na última segunda-feira. Magela coordenará um grupo que vai redigir a resolução política a ser aprovada pelo Diretório Nacional do PT, no fim do mês. "Nossa posição de querer votar a reforma perfeita na Câmara inviabilizou sua votação", diz o documento que circulou na reunião da Executiva.

Depois das manifestações de junho do ano passado, a presidente Dilma Rousseff propôs a realização de uma Constituinte exclusiva para discutir o assunto. A proposta abriu uma crise com o PMDB. Embora constitucionalista, o vice Michel Temer sequer foi consultado. A presidente recuou e passou a defender, com aval do vice, a realização de um plebiscito. O PMDB, no entanto, continuou considerando que se tratava de uma usurpação das funções do Congresso.

Outras alas do PT resistem a fazer concessões. "Não dá para debater a reforma política eliminando itens importantes. Temos que discutir o ideal para chegar no possível. O eleitor tem que conhecer tudo", defendeu Jorge Coelho, um dos vice-presidentes do partido.

Sem apoio suficiente no Congresso, o PT está colhendo assinaturas para apresentar um projeto de lei de iniciativa popular com quatro itens: convocação de uma Assembleia Constituinte exclusiva para fazer uma reforma política, instituição de financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais, voto em lista e aumento compulsório da participação feminina nas candidaturas.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]