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“Antes, estava combinado [que Gleisi Hoffmann seria candidata ao governo do Paraná em 2014]. Agora, as coisas mudaram [pois ela assumiu um ministério muito importante, a Casa Civil].” Paulo Bernardo, ministro das Comunicações e marido de Gleisi Hoffmann | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
“Antes, estava combinado [que Gleisi Hoffmann seria candidata ao governo do Paraná em 2014]. Agora, as coisas mudaram [pois ela assumiu um ministério muito importante, a Casa Civil].” Paulo Bernardo, ministro das Comunicações e marido de Gleisi Hoffmann| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Investimentos

Ministra libera R$ 200 mi para estrada

Maria Gizele da Silva, da sucursal de Ponta Grossa

Nove dias após participar do anúncio da liberação de R$ 1 bilhão para o metrô de Curitiba, a ministra Gleisi Hoffmann voltou ontem ao Paraná para anunciar mais obras no estado. Ela oficializou a recuperação de um trecho de 74,3 quilômetros da rodovia Transbrasiliana (BR-153), entre União da Vitória, no Sul do estado, e a divisa com Santa Catarina. A obra, de R$ 200 milhões, será concluída até setembro de 2013. Durante a solenidade, Gleisi chegou a ser chamada de "governadora" por alguns moradores e posou para fotos. Também estavam presentes os ministros dos Transportes, Paulo Passos, e das Comunicações, Paulo Bernardo.

O PT já articula com os partidos aliados um xadrez que poderá transformar a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) numa candidata viável ao governo do Paraná nas eleições de 2014 – apesar de o marido dela, o ministro Paulo Bernardo, dizer que atualmente a candidatura dela não é certa. A estratégia do PT consiste em alianças com fortes candidatos nas quatro principais cidades paranaenses na eleição de 2012.

O PT abriria mão de disputar a prefeitura de Curitiba e apoiaria o ex-tucano Gustavo Fruet, hoje no PDT. Mas lançaria três candidatos petistas: o presidente de Itaipu, Jorge Samek, concorreria à prefeitura de Foz do Iguaçu; a ex-ministra Márcia Lopes (Desenvolvimento Social) disputaria a prefeitura de Londrina; e o presidente do PT do Paraná, deputado estadual Enio Verri, lutaria pela prefeitura de Maringá.

Para isso, os petistas fariam dois sacrifícios. O partido ficaria de fora da disputa em Curitiba, cidade que nunca conseguiu governar. E Samek teria de abrir mão da presidência de Itaipu. "Com a nossa aliança vencendo as prefeituras das quatro principais cidades, e dando apoio maciço a Gleisi em 2014, é possível derrotar o governador Beto Richa (PSDB), que vai tentar a reeleição", avalia o deputado André Vargas (PR), secretário de Comunicação do PT.

O atual prefeito de Curitiba, Luciano Ducci, é do PSB. No Paraná, o partido costuma aliar-se ao PSDB e ao DEM. Hoje, Ducci está afinado com Richa. Vai disputar a reeleição com o apoio do governador. "Não podemos nos esquecer de que Gustavo Fruet vai concorrer com o candidato do governador. Por isso, ele tem de ser fortalecido em Curitiba", afirma Vargas.

Se o plano não der certo e Gleisi não puder disputar o governo do Paraná, a tendência do PT é apoiar o ex-senador Osmar Dias (PDT). Na eleição de 2010 os petistas fizeram dobradinha com Osmar na disputa com Richa.

Dentro do PT, porém, a estratégia pró-Gleisi ainda encontra resistência. O deputado federal Dr. Rosinha, por exemplo, defende a candidatura própria do PT à prefeitura de Curitiba. "Vou trabalhar contra o apoio a outra candidatura", afirma ele.

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