Mesmo caminho
Aliado a tucanos no Paraná, PSD também vai estar no palanque de Dilma
Euclides Lucas Garcia
A situação do PTB do Paraná se assemelha muito à do PSD local. Na semana passada, o PSD nacional anunciou apoio à presidente Dilma Rousseff para a eleição de 2014. Ao mesmo tempo, porém, o partido é aliado do governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa. Por ora, no entanto, a legenda trabalha com o lançamento de candidato próprio na disputa ao Palácio Iguaçu: o empresário Joel Malucelli.
Além disso, o presidente do PSD estadual, deputado federal Eduardo Sciarra, já colocou seu nome na briga pela vaga do Paraná ao Senado. "Nossa candidatura própria está posta e vamos trabalhar nesse sentido. Já estamos começando a conversar com outros partidos. A terceira via é sempre algo que atrai, e vamos buscar essa alternativa", disse o parlamentar, em relação à anunciada polaridade da disputa entre Richa e a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT).
Entretanto, num cenário em que quase todos os partidos já estão apalavrados ou com o tucano ou com a petista, o caminho natural do PSD seria aliar-se a Richa, caso a candidatura própria não vingue. Já em relação à eleição presidencial, Sciarra, que era do DEM, garantiu que o PSD dará palanque a Dilma no Paraná. "Mas, como fomos constituídos após a eleição, não vamos constranger nenhum companheiro. Vamos saber entender que um ou outro tenha dificuldade [em apoiar a Dilma]."
Prisão de Roberto Jefferson
O presidente nacional do PTB, Benito Gama, comentou ontem sobre a possível prisão do ex-presidente da legenda, Roberto Jefferson, um dos condenados no julgamento do mensalão. "Somos totalmente solidários a ele. Com certeza a denúncia que ele fez foi extremamente importante para a política do Brasil. A expectativa é que isso se desdobre de maneira positiva", disse.
Líderes do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Paraná se reuniram ontem em Curitiba para discutir os rumos da legenda para as eleições de 2014. Segundo o presidente da sigla no Paraná, deputado federal Alex Canziani, as alianças estão praticamente fechadas em torno das reeleições da presidente Dilma Rousseff (PT) e do governador Beto Richa (PSDB).
O presidente nacional do PTB, Benito Gama, que também esteve presente no encontro, disse não ver incoerência em o partido apoiar oposicionistas do governo federal no estado. "Não podemos romper as alianças que já existem [no estado] por oportunismo político", disse em referência à união do PTB com Richa.
Gama também destacou uma possível vaga para o partido na reforma ministerial do governo Dilma, prevista para o início do próximo ano. "É uma questão pessoal da presidente. É como um técnico de futebol: é ele quem escala o time. Mas o PTB se sente credenciado e qualificado para participar do governo, pois já participa da base no Congresso", afirmou.
Eleições
A expectativa, segundo Alex Canziani, é eleger dois representantes do partido no estado na Câmara dos Deputados e três para a Assembleia Legislativa, em uma provável chapa pura nas eleições proporcionais (para deputado). "Conforme nós formos procurados por outros partidos vamos avaliar possíveis alianças, mas em princípio vamos de chapa pura", diz.
Com a eleição de Fabio Camargo para o Tribunal de Contas do Paraná, o PTB não possui atualmente representantes na Assembleia. E conta com uma cadeira na Câmara dos Deputados ocupada por Canziani. Em todo o Brasil, a legenda possui 19 deputados federais e sete senadores.
-
Mais de 400 atingidos: entenda a dimensão do relatório com as decisões sigilosas de Moraes
-
Leia o relatório completo da Câmara dos EUA que acusa Moraes de censurar direita no X
-
Revelações de Musk: as vozes caladas por Alexandre de Moraes; acompanhe o Sem Rodeios
-
Em jogo ousado, Lula blinda ministros do PT e limita espaços do Centrão no governo
Deixe sua opinião