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O PTB está próximo de uma aliança com o PPS e não pretende repetir a aliança da eleição passada com o PMDB do governador Roberto Requião. Não está descartada também uma coligação com o PT. O único consenso entre as lideranças do PTB é que o PMDB "fechou as portas" para outros partidos.

Para o deputado federal Íris Simões (PTB), o PMDB inviabilizou as alianças na proporcional porque montou uma chapa forte com sete candidatos a deputado federal e 16 nomes com grande potencial eleitoral para disputar a Assembléia Legislativa.

A lista de pré-candidatos peemedebistas está afugentando possíveis aliados, que teriam menores chances de eleição. "Eles tiraram do jogo o PT, o PL e o PTB, partidos que poderiam apoiar a reeleição do governador e fazer uma coligação paralela porque ninguém quer coligar com o PMDB", disse Íris Simões. A posição é a mesma defendida pelo presidente estadual da legenda, deputado federal Alex Canziani.

No PMDB, a estimativa é que nenhum deputado estadual consiga se eleger com menos de 50 mil votos. A conta sobe para 80 mil votos para garantir uma cadeira na Câmara Federal. Já com o PPS, os pré-candidatos têm uma previsão otimista de eleição com 25 mil votos.

Na Assembléia Legislativa, o PTB é representado por Carlos Simões e Jocelito Canto. Ambos integram a base de apoio do governador e votam favoráveis aos projetos de interesse do Executivo, mas também concordam com a análise feita pela cúpula do partido.

Segundo Íris Simões, o PTB vai continuar oferecendo uma base de governabilidade para o PMDB, mas está preocupado com a sobrevivência política. "Gostamos do governador e temos um bom diálogo, mas não podemos morrer por ele. Requião tem que entender que o partido dele inviabilizou a coligação na proporcional", pondera Íris Simões.

Enquanto o PTB aguarda a definição do quadro estadual para anunciar em que palanque irá subir, seguem as costuras com os petistas e com o PPS. Há duas semanas, Íris Simões se reuniu com o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo (PT), com o prefeito de Londrina, Nedson Micheletti (PT), e com o pré-candidato a governador pelo partido, Flávio Arns. Morador do mesmo prédio de Bernardo e Arns em Brasília, a conversa ocorreu durante um café da manhã no próprio local.

Namoro longo

As negociações com o PPS, no entanto, estão mais adiantadas. "A única conversa oficial que tivemos foi com o Rubens Bueno, que começou em setembro do ano passado. Com o PMDB todo mundo fala que vamos coligar, mas não tivemos nenhuma conversa oficial", diz Íris Simões. Amanhã, o deputado participa do lançamento do programa do PPS Fala Paraná, em Curitiba.

O presidente estadual do PMDB, Dobrandino da Silva, vem declarando que as conversas com outros partidos sobre alianças vão começar apenas depois do carnaval. O deputado vem enfatizando ainda que não sabe quem serão os aliados do governo na eleição de outubro.

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