• Carregando...

A Polícia Federal prendeu, até o fim da manhã desta terça-feira (28), seis dos sete integrantes de uma quadrilha acusada de fraudar a Mega-Sena e causar um rombo de cerca de R$ 5 milhões nas contas da Caixa Econômica Federal. Os fraudadores não repassaram o valor de dois concursos ao banco, como informa o delegado federal Lorenzo Pompilio da Hora, que comanda a operação Jogo Sujo.

Os bandidos compraram uma lotérica na Rua Conde de Bonfim, 289, Tijuca, Zona Norte do Rio, no dia 12 de junho. A Polícia Federal detectou que os valores das apostas dos concursos 876 (16 de junho) e 877 (20 de junho) não foram repassadas à Caixa, o que causou o rombo.

As apostas foram feitas pela própria quadrilha, depois que a lotérica encerrou o expediente. Eles também deixaram de repassar o dinheiro das apostas feitas pelos clientes. "O problema não era ganhar os prêmios. Eles não repassavam as apostas", explicou o delegado.

Por sorte, de acordo com as investigações, a quadrilha acertou dezenove apostas de cerca de R$ 7.500, cada uma, num total de R$ 142.500. Nos dois concursos, a quadrilha fez 652 jogos, apostando quinze dezenas em cada um. A PF estima que o grupo gastou o equivalente a 18% das apostas de todo o País no primeiro concurso e 18% no segundo, mas, como a Caixa não recebeu os pagamentos das apostas, a lotérica ficou sob suspeita.

A CEF descobriu que a lotérica foi adquirida com documentos falsos e pediu uma investigação à Polícia Federal. Todos os integrantes da quadrilha serão processados criminalmente por apropriação indébita, estelionato e formação de quadrilha.

Na operação desta terça-feira (28), a polícia tenta identificar outros participantes do esquema de fraudes e apreender documentos. Foram expedidos 10 mandados de busca e apreensão em dez bairros das Zonas Oeste, Sul e subúrbios do Rio, além de Belford Roxo e São João de Meriti, ambos municípios da Baixada Fluminense.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]