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Um dia depois dos pais do menino João Hélio – morto no dia 7 de fevereiro depois de ser arrastado preso ao cinto de segurança do lado de fora do carro – participarem de uma passeata em homenagem ao filho, um outro assalto no subúrbio do Rio teve como uma das vítimas uma criança de 7 anos. A similaridade com o caso de João Hélio não pára por aí, já que entre os cinco criminosos, três são menores de idade. O mais novo tem apenas 14 anos. A família do menino foi rendida pela quadrilha em um sinal, mas o grupo já tinha atacado um taxista. Motorista de táxi foi o primeiro alvo

O primeiro crime aconteceu pouco depois da meia-noite deste domingo (11). Passando-se por passageiros, os criminosos identificados como Cláudio, de 16 anos, e Hugo, de 30, renderam um taxista na Rua Padre Rosset, em Vista Alegre, no subúrbio. Armados com revólveres calibres 38 e 32, eles anunciaram o assalto e obrigaram o taxista a descer do carro logo em seguida. A vítima chegou a ser agredida com uma coronhada na cabeça.

Poucos metros depois, mais três criminosos – Jefferson, de 17, Oswaldo, de 18, e Thiago, de 14 - se juntaram à dupla. Dois policiais do 9º BPM (Rocha Miranda), que passavam pelo local, desconfiaram do grupo, já que eles dirigiam em alta velocidade. Discretamente, eles passaram a perseguir os criminosos.

Os assaltantes, no entanto, foram pegos de surpresa, pois o táxi roubado tinha segredo. Em frente ao Cemitério de Irajá, o veículo parou depois que o motor foi desligado pelo sistema de alarme. Veículo com casal e filho de 7 anos é roubado

Na tentativa de continuar a ação criminosa, os assaltantes abordaram um outro veículo e renderam um casal que estava parado no sinal. No carro, o filho de 7 anos das vítimas dormia no banco traseiro.

O casal foi obrigado a descer do carro e, segundo a polícia, o menino só foi jogado para fora do veículo por que os criminosos perceberam que estavam sendo seguidos.

"Quando viram a viatura da polícia, eles tiraram a criança", disse o tenente Dias, um dos policiais do 9º BPM que perseguiu o bando. "Graças a Deus a criança está bem e não sofreu nenhum arranhão", completou o policial.

Depois de jogar a criança para fora do carro, criminosos e policiais entraram em confronto. No tiroteio, três assaltantes ficaram feridos, sendo que Hugo, o mais velho deles, morreu depois de dar entrada no Posto de Atendimento Médico de Irajá.

Outros dois feridos foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. Um deles já foi liberado e está preso na 27ª DP (Vicente de Carvalho), junto com os outros dois que não se feriram.

Segundo o tenente Dias, um dos menores confessou que cada criminoso receberia R$ 150 por carro que levasse para a favela. Eles devem responder por roubo, formação de quadrilha e corrupção de menores.

Na delegacia, o taxista afirmou que esse é o sétimo assalto que sofre.

Uma semana violenta na cidade

Na noite de sábado (10), dois jovens em uma moto foram atingidos por balas perdidas na Estrada do Itararé, perto do cojunto de favelas do Alemão, no subúrbio. Jakson Vieira da Silva, de 25 anos, morreu. Adalberto de Moraes Apolinário, de 19 anos, foi atingido no tórax e seu estado é grave.

Além dos jovens,um homem que descia do ônibus também foi atingido. Roni de Brito Teixeira, de 39 anos, foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. Ele foi ferido na perna.

A violência não atingiu apenas a população. Cinco policiais morreram em menos de 48 horas. Os dois homens que capturaram a quadrilha que rendeu a família e o taxista pertencem ao mesmo batalhão onde três PMs foram assassinados nos últimos dias.

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