Queimadas criminosas, que se repetem ano após ano no período de seca, estão transformando a Floresta Amazônica em cinzas no Sudoeste do Pará. Os fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) estão a 1,7 mil quilômetros de Belém, no município de Novo Progresso, divisa do Pará com o Mato Grosso.
Nesta época do ano, as queimadas arrasam a Floresta Amazônica. No sudoeste do Pará, a pecuária está diretamente ligada ao desmatamento. Fazendeiros põem fogo na mata e transformam a floresta em pasto para a criação de gado.
Área que já foi de mata fechada, hoje, a vegetação queima o dia todo e não há quem combata os incêndios na região.
A destruição ocorre em áreas de terras públicas. Propriedades ocupadas por forasteiros e que nunca foram regularizadas pelo Governo Federal. "Aqui não há título de terra, só posseiros."
Neste caos fundiário, uma das dificuldades é identificar o autor da queimada. "Eu não sei quem fez fogo, não tava aqui no dia do fogo e não sei quem foi", disse o vaqueiro Francisco da Rocha Filho.
Durante a operação, o Ibama detectou a destruição de 15 mil hectares de floresta e aplicou R$ 3 milhões em multas. Os fazendeiros também serão processados.
"É lamentável, mas infelizmente a gente tem que assumir. Quando que o Ibama vai dar uma autorização de desmate sendo que nós não estamos documentados pelo Incra?", afirmou o fazendeiro Nilson Rodrigues.
"A gente vai fazer o encaminhamento de denúncia-crime, porque, além de ser uma infração ambiental, é um crime ambiental."
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