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A Vigilância Sanitária da prefeitura do Rio interditou a clínica estética Yli Delafeliz, na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, onde a advogada Juliana Lunz, de 32 anos, sofreu queimaduras nas pernas depois de se submeter a uma sessão de depilação a laser.

Segundo a Vigilância Sanitária, a direção da clínica não apresentou os documentos exigidos, entre os quais, o termo de licença sanitária e os documentos da responsável técnica, a médica. A clínica só será reaberta depois que cumprir as exigências.

Médica e sócia de clínica serão indiciadas

Um dia depois da advogada prestar queixa na 16ª DP (Barra), o delegado Carlos Augusto Nogueira decidiu, nesta sexta-feira (4), que vai indiciar tanto a médica que fez o procedimento como a sócia da clínica. A médica Marcela Bedran vai responder por lesão corporal culposa. Já a sócia da clínica será indiciada por não ter emitido a nota fiscal referente ao serviço.

"A dona da clínica vai ser indiciada pelo crime de não emissão de nota e pode pegar de dois a cinco anos de prisão, conforme artigo 1º da lei federal 8137/90. Já a médica vai responder por lesão corporal culposa. A pena, nesse caso, é de dois meses a um ano, além de multa", afirmou o delegado.

Segundo o delegado, a médica prestará depoimento na segunda-feira (7). Relembre o caso

A advogada Juliana Lunz, de 32 anos, sofreu queimaduras nas pernas depois de se submeter a uma sessão de depilação a laser na clínica de estética Yli Belafeliz Centro de Estética Ltda., que fica dentro do Mind Health Spa, um centro de bem-estar que funciona na academia Ah Body Tech, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Ela prestou queixa por lesão corporal na 16ª DP (Barra) na quinta-feira (3). Depois de passar uma sessão no dia 27 de fevereiro sem ter nenhum problema, Juliana se submeteu a uma nova aplicação no dia 18 de abril. Na 2ª sessão, no entanto, a advogada diz que sentiu as pernas queimando e percebeu que surgiram manchas roxas no local.

Além de ficar insatisfeita com o procedimento estético, Juliana também registrou queixa por não receber nota fiscal quanto ao pagamento das duas sessões do tratamento (o pacote de depilação de axila, virilha e meia-perna custou cerca de R$ 800).

Além da interdição, clínica pode ser fechada

Após a denúncia, policiais da 16ª DP foram à clínica e constataram que não havia nenhum talão de nota fiscal na clínica. "A empresa tem que fornecer a nota imediatamente ao cliente e não depois." O delegado esclareceu que, na quinta-feira (3), a sócia da clínica se comprometeu a apresentar o talão, mas até agora isso não foi feito.

Nogueira não descarta a hipótese de a clínica ser fechada ou interditada, mas isso só será decidido nos próximos dias. "Nós já fomos ao local, mas vamos novamente com os órgãos responsáveis por outros setores de vistoria, como a Anvisa e a Vigilância Sanitária. Vamos decidir depois da visita com os órgãos cabíveis", finalizou.

Sócia da clínica diz que houve "falta de sorte"

Segundo explicou a sócia da empresa, Iris Duran, na quinta-feira (3), o caso é uma fatalidade e houve falta de sorte. Iris explicou que Juliana já tinha se submetida a outra sessão e nunca tinha ocorrido problema semelhante, nem com ela, nem com outras pessoas. "O que aconteceu foi uma reação numa área. Na verdade, ela já tinha feito laser na virilha e na axila antes e não teve problema." A sócia afirmou, ainda, que a clínica funcionava corretamente, com a autorização da Anvisa e da Vigilância Sanitária.

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