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Roberto Requião quer que deputados do PMDB se afastem do governo. | Pedro Serapio/Gazeta do Povo
Roberto Requião quer que deputados do PMDB se afastem do governo.| Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo

Dividida no apoio ao governador Beto Richa (PSDB) na Assembleia Legislativa do Paraná, a bancada do PMDB deve minguar pela metade nas próximas duas semanas. Até lá, quatro dos oito deputados da legenda decidirão seu novo destino: PSB ou PTB.

A mudança, no entanto, será respaldada por uma alteração no regimento interno da Casa, a fim de garantir que eles não percam os postos que ocupam nas comissões temáticas – sobretudo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) –, que, em tese, deveriam ser distribuídos conforme o tamanho das bancadas.

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A celeuma dentro do PMDB está ligada à restrição da ala ligada ao senador e presidente estadual do partido, Roberto Requião, de que peemedebistas apoiem Richa. Sua principal intenção era rifar Luiz Claudio Romanelli da liderança do governo na Assembleia com a ameaça de expulsão da legenda.

O parlamentar, porém, recebeu o apoio dos colegas de Legislativo Alexandre Curi, Artagão Jr. e Jonas Guimarães. Beneficiados pela “janela da infidelidade” até o próximo dia 18, que permite a troca de partido sem risco de perda do mandato, os quatro negociam a ida para o PSB ou o PTB.

O contra-ataque levou o líder do partido na Casa, Nereu Mora, a anunciar a troca de Curi e Romanelli na CCJ – a comissão mais importante da Casa – por ele próprio e por Requião Filho, líder da oposição. Imediatamente, Romanelli respondeu ao comunicar que ele, e não mais Nereu, passava a responder pela liderança do PMDB.

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Nova regra

Em meio a essa queda de braço, os dois ofícios peemedebistas foram retirados e surgiu um projeto de resolução que beneficia a ala de deputados anti-Requião.

De autoria de Fernando Scanavaca (PDT), a proposta, que tramita em regime de urgência, permite aos parlamentares que se aproveitarem da “janela” continuar nos cargos que ocupam nas comissões da Casa. Somente no ano que vem, está previsto um novo cálculo para distribuição correta das cadeiras respeitando a proporcionalidade das bancadas.

“Entende-se que, excepcionalmente, por ocasião de uma permissão constitucional concedida a todos os detentores de mandato no país, deve ser criada uma regra específica para tratar dessa situação”, diz a justificativa da proposta.

Presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB) nega que haja “casuísmo” em torno da medida e defende se tratar de uma situação “excepcional”. Apesar de citar justamente o caso do PMDB como exemplo, o tucano nega que o projeto tenha sido pensado para beneficiar a ala do partido que apoia Richa. “Não fica claro que é para beneficiar o PMDB. Se outras situações ocorrerem, eu vou manter a mesma regra. Então, não é para atender ao PMDB”, argumentou.

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