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Passeata

A família de Gilmar Rafael Yared fará uma passeata pelas ruas de Curitiba na manhã do próximo domingo (24). A caminhada sairá às 10 horas do local onde aconteceu o acidente que matou o rapaz e o amigo dele, no cruzamento das ruas Monsenhor Ivo Zanlorenzi e Paulo Gorski, e seguirá até o Parque Barigui.

Os radares da Avenida Monsenhor Ivo Zanlorenzi, em Curitiba, não captaram imagens do carro conduzido pelo deputado estadual Fernando Ribas Carli Filho (PSB) na noite do acidente em que o parlamentar se envolveu e que deixou dois mortos, informou a polícia nesta sexta-feira (22). A polícia solicitou à Urbs uma lista de veículos que passaram pelo local a qualquer velocidade. A intenção é esclarecer a que velocidade o carro do deputado trafegava antes da colisão.

Primeiramente, foi analisado o período entre 0 hora e 1 hora da madrugada do dia 7 de maio. O carro dirigido por Carli Filho, no entanto, não passou por nenhum dos sete radares nesse intervalo de tempo. No último dia 13, o delegado Armando Braga de Moraes, da Delegacia de Delitos de Trânsito, encaminhou um novo ofício à Urbs solicitando um período de tempo maior.

O delegado informou, nesta sexta-feira, que mesmo analisando o período entre as 23 horas do dia 6 e às 2 horas do dia 7, o veículo do deputado não aparece. Um dos radares fica a cerca de 500 metros no local do acidente. Moraes disse que ainda aguarda um levantamento do Instituto de Criminalística para marcar a data da reconstituição do acidente. "Na reconstituição poderemos determinar a trajetória dos dois veículos e até das condições de visibilidade", contou.

Estado de saúde

Carli Filho deixou a Unidade de Terapia Semi-Intensiva e foi transferido para um quarto normal na manhã desta sexta-feira (22). A informação é do Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde o parlamentar está internado. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, o deputado está consciente, mas ainda não tem previsão de alta. Os médicos aguardam a recuperação do parlamentar para avaliar a necessidade de novas cirurgias.

Carli Filho está hospitalizado desde o dia 7 de maio, quando bateu o Volkswagen Passat que dirigia contra um Honda Fit, no bairro Mossunguê, em Curitiba. No acidente, morreram os dois ocupantes do Honda, Gilmar Rafael Souza Yared, 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20 anos. O deputado foi levado imediatamente ao Hospital Evangélico, em Curitiba. Ele deu entrada no Albert Einstein, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), no dia 10 de maio e dois dias depois foi transferido para o leito da unidade semi-intensiva. No dia 14 ele passou por uma cirurgia para correção de fraturas no crânio e reconstrução dos ossos da face, que durou 14 horas.

Nesta sexta-feira, a assessoria de imprensa do hospital não soube informar se o deputado ainda utilizava traqueostomia para respiração e sonda para alimentação, que estava em uso desde a entrada na instituição paulista.

De acordo com a assessoria de Carli Filho, a família do deputado não falará sobre o caso no momento.

Cassação

Por conta do acidente, o advogado Elias Mattar Assad, que representa a família de Gilmar Rafael Yared, protocolou, no dia 13, um pedido de cassação do mandato de Carli Filho por quebra de decoro parlamentar. Investigações policiais indicam que o parlamentar estava alcoolizado e dirigia em alta velocidade no momento da batida.

Na quinta-feira (21), o Partido da Mobilização Nacional (PMN)protocolou na Assembleia Legislativa um apoio oficial da legenda à ação. O deputado Luiz Accorsi (PSDB), corregedor-geral da Assembleia, está analisando o pedido de cassação. Na segunda-feira (18), Accorsi encaminhou uma notificação sobre o caso a Carli Filho. Desde então, o parlamentar tem dez dias de prazo para apresentar sua defesa.

Exame toxicológico

De acordo com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), na próxima segunda-feira (25) deve sair o resultado do exame toxicológico feito no sangue do deputado, que poderá detectar se ele consumiu algum tipo de droga no dia do acidente. O exame de dosagem alcoólica mostrou que Carli apresentava 7,8 decigramas de álcool por litro de sangue. Segundo a legislação, o motorista flagrado dirigindo com concentração igual ou superior a seis decigramas pode ser preso em flagrante.

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