Terminou no final da tarde desta segunda-feira a rebelião na penitenciária de Segurança Máxima de Viana, no Espírito Santo. A rebelião terminou com a libertação de cerca de 200 mulheres mantidas reféns. Elas estavam presas desde o último sábado, quando os detentos iniciaram o motim. Além disso, pelo menos 50 crianças, que também estavam em poder dos presos, foram colocadas em liberdade. Um agente penitenciário que foi feito refém também foi solto pelos presos.
Os amotinados, que estavam armados com cinco pistolas e duas granadas, reivindicavam a transferência para o sistema prisional capixaba de cinco presos perigosos, que estão sob custódia da Polícia Federal desde o último mês. Ainda não há informações se as reivindicações foram aceitas pela Secretaria de Segurança do estado.
Na manhã desta segunda-feira, mais um detento foi assassinado dentro do presídio, subindo para três o número de mortos desde o início do motim. Um deles foi decapitado. Os corpos foram pendurados na parte externa da unidade, em frente à guarita principal.
Diante da crise de violência no Espírito Santo nos últimos dias com 15 ônibus queimados este ano e assassinatos praticados por criminosos sob ordens diretas de presos, a Força Nacional de Segurança foi acionada e chegou ao estado neste domingo, após pedido feito pelo governo ao Ministério da Justiça. Os homens vão atuar dentro dos presídios.
No interior de São Paulo, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, garantiu que a Força Nacional vai ficar no Espírito Santo até que a ordem no sistema penitenciário seja totalmente restabelecida. Além disso, confirmou que outros 250 agentes do grupo de elite serão enviados até o final desta semana para se unir ao 80 agentes que chegaram no domingo.
No últimos dias, o Espírito Santo foi palco de outros dois motins. Na Casa de Passagem de Vila Velha - onde os presos estavam rebelados desde quarta-feira - o motim terminou no fim da tarde de domingo, com a libertação de quatro reféns. Um detento morreu.
Foram liberados a assistente social Zildete Soneghtti, de 45 anos, o agente penitenciário Josimar, e as evangélicas Santinha Polonine da Silva, de 68 anos, e a filha dela, Eliana Maria Polonine da Silva, de 44 anos. Todos passam bem.
Na Penitenciária Regional de Linhares, no norte do estado, o motim - que começou no sábado - também foi controlado neste domingo depois que a polícia invadiu o prédio. Um helicóptero da PM foi usado para facilitar a ocupação. Um detento foi espancado e jogado do alto do prédio, mas não morreu. Os cerca de 50 familiares de presos que estavam retidos no complexo desde o início da rebelião foram liberados.



