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O PMDB passou a viver uma confusão com a decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) contra a coligação com o PSDB. Enquanto os advogados do partido estudavam, ontem, entrar com o recurso suspensivo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), os líderes do PMDB articulavam pela desistência do recurso.

"Se depender de mim, não vamos recorrer. Só toleramos o PSDB por respeito ao Hermas Brandão", afirmou o deputado Dobrandino da Silva, presidente do PMDB no Paraná. "A nossa campanha está nas ruas e essa decisão não muda nada. Só perdemos um pouco do tempo de televisão. Por mim, o nosso candidato a vice-governador seria o Orlando Pessuti (PMDB)."

A opinião de Dobrandino, no entanto, pode ser modificada dentro do próprio PMDB. Segundo o vice-presidente do partido, deputado Nereu Moura, o governador Roberto Requião está analisando, além do recurso em Brasília, a possibilidade de lançar chapa pura na disputa eleitoral. Pessuti está sim no páreo para vice.

Mas há outro nome sendo cogitado: o de Renato Adur. Ele é coordenador da campanha de Requião no interior e foi secretário estadual de Desenvolvimento Urbano. Nesse caso, Pessuti seria candidato ao Senado. Segundo peemedebistas, Adur considera a idéia interessante e estaria disposto a assumir a responsabilidade. Porém, se não tiver de disputar com Pessuti. Já Requião, oficialmente, segundo sua assessoria, disse confiar nos advogados da coligação e que está com os democratas do PSDB e não crê que a aliança seja abalada.

Do lado do PSDB, a decisão do TRE sinalizou como libertação. De acordo com o presidente estadual do partido, deputado Valdir Rossoni, os tucanos agora retomam sua trilha normal. "Essa aliança era descabida. Sofremos em 2004 tendo de brigar com Requião", disse o parlamentar, contando que os correligionários tucanos estavam angustiados em não poder apoiar Osmar Dias (PDT) para governador.

Segundo Rossoni, agora todos poderão aderir à campanha do pedetista, inclusive o prefeito Beto Richa.

Osmar Dias ficou animado com a decisão do TRE. "Sei que cabe recurso. Mas o TRE tomou a decisão correta. O partido nacionalmente é que manda", disse. "Agora há liberdade total para o PSDB me dar apoio, mesmo que informal. Estão liberados para ser manifestar publicamente sem ser infiéis. Espero o apoio, que só é consolidado quando é público."

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