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Dedicada à criação de seu novo partido, a Rede Sustentabilidade, a ex-senadora Marina Silva pediu na tarde desta sexta-feira (16) à corregedora-geral eleitoral, Laurita Vaz, que o partido em gestação não pague o preço pelo tempo demorado dos cartórios em validar as assinaturas coletadas. "Pontuamos as dificuldades nos TREs [Tribunal Regional Eleitoral] e nos cartórios e viemos aqui na busca de solução para um problema que não foi criado por nós", afirmou Marina após o encontro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Entendemos que existem dificuldades estruturais na Justiça, mas obviamente não podemos pagar o preço por uma falta de estrutura."

Até hoje, a nova sigla conseguiu validar nos cartórios 250 mil assinaturas. Marina espera a confirmação de outras 242 mil já que, para obter o reconhecimento da Justiça Eleitoral e transforma-se em partido, são necessárias 492 mil assinaturas. Foram coletados mais apoios que o necessário pois alguns são descartadas por problemas nas informações fornecidas pelos eleitores.

Cabe aos cartórios checar dados de eleitores, que dizem apoiar a criação da Rede, no prazo máximo de 15 dias. Todavia, esse prazo não tem sido respeitado por alguns cartórios."Obviamente que a corregedora [Laurita] vai pensar quais são as medidas junto às corregedorias e estamos no aguardo de uma solução para todos os problemas que foram pontuados", disse.

Também presente na reunião, o advogado da Rede, André Lima, analisará na semana que vem quando dará entrada no TSE para a criação da Rede. "Pretendemos dar entrada com o que já temos --mais de 11 diretórios estaduais encaminhados, 17 diretórios sendo encaminhados agora e na semana que vem teremos mais quatro ou cinco", afirmou.

Siemens

Questionada pelos jornalistas, a ex-ministra do Meio Ambiente definiu como "grave" os supostos desvios nas licitações para compra de equipamentos e serviços ferroviários pelo governo de São Paulo. "Defendo que seja investigado com todo rigor pelos meios disponíveis no estado democrático de direito. A minha posição sempre foi essa em relação a outros casos de corrupção. E, nesse caso, são denuncias graves", disse.

A Folha de S.Paulo revelou no mês passado que a Siemens delatou à autoridade antitruste no Brasil a existência de um cartel --do qual fazia parte-- em licitações para fornecimento de equipamento, além de construção e manutenção de linhas de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal. "Existe o ministério público, o tribunal de contas para punir, investigar e corrigir. Para mim a gestão publica tem que corrigir erros e tomar medidas para que eles não se repitam", afirmou.

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