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Nas últimas três décadas, a região metropolitana de Curitiba triplicou em número de habitantes, passando de um milhão em 1970 para 3,1 milhões de moradores hoje. Como conseqüência desse crescimento, seis cidades estão unidas a capital: Colombo, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Fazenda Rio Grande, Araucária e Pinhais. Piraquara, ligada a Pinhais, também ajuda a formar a grande Curitiba. Sem recursos para montar uma boa estrutura de serviços públicos, quase todas dependem dos serviços da capital, como saúde, educação e transporte coletivo.

A integração que começou com o transporte coletivo (que envolve 14 municípios) e o depósito de lixo (sistema utilizado por 15 municípios), hoje também passa pela discussão de soluções conjuntas para o atendimento a saúde, moradia, preservação das áreas de mananciais, além dos problemas comuns da falta de segurança e de recursos.

A ocupação de forma intensa dos municípios não foi acompanhada pelo planejamento das gestões, segundoestudos do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). Os prefeitos não deram conta de acompanhar o crescimento das cidades e promover a implantação de políticas públicas que dessem conta do atendimento dessa nova população. A administração Curitiba, que vem absorvendo esse demanda, discute com as demais uma forma de solucionar os problemas. "Não dá mais para pensar isoladamente. Temos que buscar as soluções de forma compartilhada", diz o prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Periferia

Uma das primeiras conseqüências do desenvolvimento de Curitiba foi a valorização a terra e da moradia da cidade, que levou a população mais pobre para as áreas periféricas e para a região de fronteira dentro dos outros municípios. "A dinâmica metropolitana funciona assim. O território em volta do pólo gera uma pressão na capital por empregos e serviços. Nas cidades dormitórios, a pressão é por infraestrutura, mas as prefeituras não dão conta dessa demanda. Não têm recursos", diz Marley Vanice Deschamps, coordenadora do núcleo de estudos populacionais e sociais do Ipardes).

Na década de 90, o impulso para o crescimento populacional foram os investimentos econômicos realizados nos municípios de São José dos Pinhais, com a instalação das montadoras Renault e Volkswagem/ Audi – que recebeu uma série de investimentos em comércio e serviços –, Campo Largo, que por pouco tempo foi sede da Chrysler, vivendo o impacto desse investimento, além de Araucária e Curitiba que continuaram se desenvolvendo.

Dentre os municípios, Fazenda Rio Grande apresentou a maior taxa de crescimento da RMC, 8,6% ao ano entre 1991 e 2000. Os demais cresceram entre 4,9% e 5,7% ao ano, exceto Curitiba e Campo Largo, com taxas de 2,1% e 2,8% ao ano, respectivamente.

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