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As regras para venda de remédios de tarja preta vão mudar. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desenvolveu um novo programa de computador para registrar as compras desse tipo de medicamento.

Atualmente, o controle da venda dos medicamentos psicotrópicos (chamados de 'tarja preta') feito nas farmácias é ultrapassado e vulnerável a fraudes. Os farmacêuticos registram as vendas dos remédios controlados manualmente, em um livro de anotações.

Os registros feitos em mais de 70 mil farmácias são encaminhados às autoridades municipais e estaduais e depois seguem para a Anvisa. Todo o processo pode levar um ano e meio.

Com a mudança, o farmacêutico terá que informar no momento da venda, pelo computador, o tipo de medicamento, o lote, o nome do paciente e o do médico que receitou. O monitoramento será feito em tempo real.

"Isso deve propiciar a reflexão dos profissionais que dão as receitas. Eles devem indicar a medicação de forma mais criteriosa e promovendo o uso racional dessas substâncias", diz Dirceu Raposo de Mello, diretor-presidente da Anvisa. Até outubro, o novo sistema tem que estar implantado nas regiões Sul e Sudeste do país e no Distrito Federal. Perigo

Os psicotrópicos agem sobre a atividade mental e servem como calmantes, antidepressivos e redutores de apetite. Usados indevidamente, podem causar alterações psíquicas.

Pelas contas da Anvisa, os brasileiros estão entre os que mais consomem medicamentos de uso controlado em todo o mundo. No caso das vendas de remédios para emagrecer, que também precisam de receita médica, ninguém supera o Brasil.

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