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O deputado Fernando Francischini (PSDB-PR) apresentou seu relatório no Conselho de Ética defendendo a abertura de processo contra o deputado Valdemar da Costa Neto (PR-SP). O Conselho deve votar ainda nesta quarta-feira (28) se vai investigar Valdemar ou se promoverá o arquivamento do caso. Se o processo for aberto, poderá resultar na cassação do parlamentar.

Valdemar foi levado ao Conselho de Ética por iniciativa do PSOL e do PPS. Os partidos reuniram denúncias veiculadas pela imprensa que apontam a participação do deputado em reuniões no Ministério dos Transportes nas quais era solicitado a empresários o pagamento de propina para a liberação de recursos.

Consta também no pedido de investigação um vídeo no qual Valdemar negocia a liberação de recursos do ministério para que o deputado Davi Alves Silva Júnior (MA) ingressasse no PR. A representação também traz um trecho de entrevista de Valdemar a uma rádio de Mogi das Cruzes (SP) na qual ele diz "querer" uma diretoria de um banco público para ajudar aliados a liberar verbas. Um aditamento incluiu ainda no escopo da investigação a denúncia de fraudes na "Feira da Madrugada" em São Paulo.

Para o relator, estes casos merecem ser investigados porque podem representar quebra de decoro parlamentar. "Em tese, todos os fatos podem se enquadrar no quadro de abuso de prerrogativa ou percepção de vantagens indevidas", disse Francischini. O tucano afirmou ainda que um arquivamento sumário pode ser ruim até para Valdemar e seu partido. "O arquivamento inicial da representação sem o mínimo de cuidado, zelo, cautela e espírito público de transparência condenaria eternamente o parlamentar e o partido político citado perante a opinião pública", disse.

Valdemar acompanha a sessão, assim como diversos correligionários, como o vice-líder do governo Luciano Castro (PR-RR) e o líder da bancada, Lincoln Portela (MG).

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