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O senador Jefferson Péres (PDT-AM) anunciou nesta quarta-feira no Conselho de Ética, ao ler seu relatório do processo disciplinar contra o senador Ney Suassuna (PMDB-PB), que seu voto é pela cassação. Para Jefferson, Suassuna feriu o inciso 3 do artigo 2 do Conselho de Ética, que trata do exercício do mandato com dignidade.

O nome de Suassuna, argumentou Jefferson, foi estampado em manchetes e vinculado a escândalos, embora não haja nos autos prova e indício de crime contra ele no escândalo das ambulâncias superfaturadas.

- O senador não é um réu sem culpa, é vítima de seus próprios erros. Sua permanência no Senado contribuiria para fragilizar ainda mais a instituição. Cumpro o dever nada prazeroso de votar pela procedência da representação de perda de mandato do senador Ney Suassuna por haver negligenciado suas responsabilidades inerentes ao cargo - afirmou Jefferson Péres.

Momentos antes, o relator havia dito que estava comprovada a falsidade da assinatura de Suassuna em vários documentos. As assinaturas foram feitas pela então chefe de gabinete Mônica Teixeira, funcionária de carreira do Senado, que admitiu o fato à Corregedoria do Senado, afirmando que assinava pelo senador, a seu mando, e que essa era uma rotina no gabinete.

Votação só no dia 8 de novembro

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) pediu vista do relatório do senador Jefferson Peres (PDT-AM), que pede a cassação do mandato do senador Ney Suassuna (PMDB-PB) por quebra de decoro parlamentar. Salgado quer uma pena "menos exagerada" para o colega de partido. O pedido de vista é por dez dias úteis, mas a próxima reunião do Conselho de Ética foi marcada para o dia 8 de novembro.

Depois da leitura do relatório de Jefferson Peres, Suassuna se dirigiu ao pedetista e acusou o relator de empregar sua mulher em seu gabinete.

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