Na apresentação de seu voto que pedirá a cassação do mandato do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) no Conselho de Ética da Câmara, o relator Jairo Carneiro (PFL-BA) vai ler trechos de manifestos de entidades civis em favor da moralização da política e pela apuração e cassação de parlamentares envolvidos em esquemas de corrupção. Carneiro vai ler e anexar ao voto a íntegra de documentos da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público (Conamp) e da Associação Brasileira dos Magistrados (AMB) e trechos de uma nota da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Carneiro também vai anexar ao voto e ler um trecho de uma carta que recebeu de um senhor de 77 anos pedindo que seja intransigente e duro na luta contra a corrupção.
O relator afirmou que não recebeu até hoje nenhum tipo de ingerência ou apelo para poupar Jefferson ou qualquer outro investigado no Conselho de Ética e afirmou que está agindo com imparcialidade e equilíbrio para não cometer injustiça. O relatório de Carneiro vai pedir a cassação de Jefferson com base nas próprias revelações feitas pelo parlamentar, como ter assumido que recebeu dinheiro para a campanha e não ter declarado à Justiça eleitoral, o que configura caixa 2, e por ter confessado que montou um esquema de captação de recursos em estatais. O relator vai acusá-lo de crime eleitoral, tráfico de influência e sonegação fiscal.
Carneiro não vai confirmar a existência do mensalão como uma prestação paga mensalmente no valor de R$ 30 mil, como denunciou Jefferson, mas vai dizer que houve distribuição irregular de dinheiro para campanhas eleitorais.
-
Ato de Bolsonaro encorpa “onda Musk” no embate sobre liberdade de expressão com STF
-
Centrão espera liderar eleição municipal apesar de papel inédito da polarização
-
Milei transforma Argentina em maior aliada de Israel na América Latina
-
PL e Novo disputam protagonismo pelos votos da direita em Belo Horizonte
Deixe sua opinião