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Operação Navalha

Renan conversa com preso pela PF em gravação, diz jornal

Seria a primeira vez que o presidente do Senado aparece em grampos. Ele estaria discutindo sobre liberação de verbas para Maceió (AL)

Infográfico | Reprodução G1
Infográfico (Foto: Reprodução G1)

Uma gravação da Polícia Federal mostra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), conversando com um dos presos durante a Operação Navalha, o superintendente da Caixa Econômica Federal Flávio Pin, de acordo com reportagem publicada no jornal "Folha de S.Paulo" nesta terça-feira (29).

Segundo o jornal, em diálogo, registrado pela PF em 23 de março, Renan teria dito que no dia anterior conversou com a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e que iria falar também com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O assunto seria a liberação de recursos da União para uma obra de Maceió, em Alagoas, estado do senador Renan Calheiros.

Seria a primeira vez que o presidente do Senado aparece diretamente em grampos. Até então, o senador era apenas citado em outras gravações de pessoas sob suspeita.

Em uma delas, dois integrantes do governo de Alagoas - presos na Operação Navalha - conversariam sobre como o presidente do Senado poderia ajudar para liberação de verbas.

O advogado de Flávio Pin, Adelino Tucunduva Júnior, confirmou à "Folha de S.Paulo" que seu cliente realmente conversou com o senador sobre obras de Alagoas. "Ele atendia, tecnicamente, no exercício de sua função, as pessoas que o procuravam", afirmou ao jornal.

A Folha não conseguiu contato com o senador. O G1 procurou a assessoria de imprensa de Renan Calheiros e aguarda resposta. Plenário

Na segunda-feira (28), o senador discursou para se defender da denúncia, divulgada na edição desta semana da revista "Veja", de que teve contas pessoais pagas por um lobista de uma empreiteira. O lobista, Cláudio Gontijo, teria pago, segundo a revista, a pensão mensal e o aluguel da jornalista Mônica Veloso, com quem Renan teve uma filha fora do casamento.

Os documentos apresentados por ele, no entanto, não comprovam a origem do dinheiro de alguns gastos citados por ele em seu discurso no plenário da Casa.

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