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Renan (centro) com Cunha (à esq.) e Temer: caciques do PMDB se reuniram na noite desta terça (8). | Valter Campanato/ Agência Brasil
Renan (centro) com Cunha (à esq.) e Temer: caciques do PMDB se reuniram na noite desta terça (8).| Foto: Valter Campanato/ Agência Brasil

Ao comentar o encontro com o vice-presidente Michel Temer com governadores do PMDB na noite de terça-feira (8), o presidente do Senado, R enan Calheiros (PMDB-AL), disse que o PMDB não defende o aumento “urgente” da carga tributária. Ele reafirmou que, antes de falar de aumento de carga tributária, o governo precisa fazer o dever de casa e cortar despesas. Renan vem repetindo essa postura e disse que essa foi a conclusão do encontro da noite de terça.

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“O PMDB não tem uma posição de defesa com relação à necessidade urgente da elevação da carga tributária e do aumento de imposto. Isso é uma coisa que mais adiante pode ser discutida, mas há uma preliminar que é o corte de despesa, a eficiência do gasto público e é isso que precisa, em primeiro lugar, ser colocado”, disse Renan.

Renan disse que, obviamente, os governadores estão preocupados com a situação fiscal e com a necessidade de arrecadar recursos. O presidente do Senado disse que foi uma “conversa boa” com os governadores.

“Os governadores entendem que é preciso suprir o déficit fiscal, mas eles acham, como o PMDB acha, que em primeiro lugar vem o dever de casa, que é cortar despesas e dar eficiência ao gasto público. Os governadores estão preocupados com a situação financeira e fiscal dos estados. Não é para menos, há uma crise muito grande. E o partido entende que o dever de casa que deve ser feito é cortar despesas, extinguir ministérios, cortar gastos em comissão e só depois pensar em ampliar o espaço fiscal”, afirmou Renan.

Pior do que recuar é fazer as coisas sem diálogo, diz líder do governo na Câmara

O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), afirmou nesta quarta-feira (9) que se criou uma “lenda” ao tentar demonstrar que o governo da presidente da República, Dilma Rousseff, está perdido e que “é natural” que haja recuo em algumas opiniões, principalmente em relação ao problema do déficit orçamentário. “Não tem problema nenhum recuar, pior do que recuar é fazer as coisas sem diálogo”, opinou.

Guimarães não descartou aumento de impostos e disse que o governo não vai cortar investimentos em programas sociais e sim “adequá-los” à realidade do país. Guimarães rebateu ainda as declarações do ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que na terça-feira (8) sinalizou que haveria cortes no programa Minha Casa, Minha Vida. “Não vai ter corte. O que não vai ser feito é iniciar novas obras sem ter terminado as outras” comentou. “O Minha Casa Minha Vida fase 3 será lançado conforme a realidade, mas não é corte porque você não corta aquilo que não foi dito e não foi iniciado”, afirmou.

Segundo Guimarães, o momento do governo é do diálogo e de recolher opiniões. “As opiniões fluem e na hora certa encaminharemos uma proposta compatível com o orçamento”, disse.

O líder do governo afirmou ainda que há “várias possibilidades” para adequar as contas. “Temos várias possibilidades, o ministro [Joaquim] Levy tem uma opinião, tem pessoas que têm outras, o importante é que vamos dialogar”, destacou.

Guimarães negou que sugestões como o retorno de CPMF ou o aumento da alíquota do Imposto de Renda, possibilidades ventiladas recentemente, sejam “balão de ensaio”. “Está todo mundo opinando, qual o mal nisso? Não tem balão de ensaio, a presidente já disse: vamos trabalhar para apresentar saída, ou cortando ou acrescentando receitas”, afirmou.

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