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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira que o voto aberto é recomendável em alguns casos, como nos processos de cassação de mandato. Ele observou, no entanto, que há casos em que os parlamentares ficam expostos à pressão dos poderes político e econômico, daí a necessidade de cautela ao discutir o fim do voto secreto.

- Eu acho que o voto aberto em alguns casos é recomendável. Acho que é recomendável (no caso de cassação), mas acho que não se pode generalizar porque aí você expõe as pessoas a uma pressão enorme do poder político, e do econômico também - disse.

Renan disse que há quem defenda o voto aberto por considerá-lo mais transparente e permitir que o eleitor acompanhe o trabalho de seus representantes, mas também há os que temem que o voto aberto tire a independência do parlamentar.

- Essa é uma discussão que continua. Há quem defenda o voto aberto por questões óbvias, porque possibilita melhor acompanhamento do parlamentar pela sociedade e há os que defendem o voto secreto exatamente pelo oposto, porque garante mais independência das pessoas em relação ao governo e ao poder econômico. O plenário é quem vai decidir sobre isso.

Sobre a possibilidade de pôr em pauta a proposta de emenda constitucional (PEC) que institui o voto aberto, atualmente em discussão na Câmara, Renan disse que a decisão depende dos líderes.

- Aqui nós decidimos tudo com os líderes, absolutamente tudo, inclusive, se entendermos que é preciso priorizar essa discussão, vamos priorizá-la - disse.

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