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Acuado com as seguidas denúncias apresentadas contra ele, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), subiu à tribuna na tarde desta quinta-feira para ratificar as denúncias contra o Grupo Abril, mais especificamente, a venda TVA - TV por assinatura - à Telefônica, da Espanha.

Renan disse que já havia mandado a denúncia sobre a venda da TVA a grupo estrangeiro ao Ministério Público e que, nesta quinta, encaminhou o caso a entidades nacionais e internacionais. O presidente do Senado afirmou que enviou ofício à PF e ao Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que "abortará essa sombria operação". A operação pretende, segundo Renan, passar ilegalmente à Telefônica da Espanha, 100% das ações da TVA, 86,7% da Comercial Cabo e 91,5% da TVA Sul.

A Editora Abril é responsável pela publicação da revista Veja, que tem trazido denúncias contra Renan Calheiros, entre elas a de que o senador teria despesas pessoais pagas por um lobista; que teria feito lobby a favor da cervejaria Schincariol e de que seria proprietário, por intermédio de "testas-de-ferro", de emissoras de rádio.

A venda de empresas nacionais com esses percentuais é ilegal e imoral - afirmou Renan.

Renan disse que agora entende porque a revista tem feito tantas denúncias contra ele:

- Só agora começo a entender as edições antecipadas da revista, a gana em me linchar com mentiras, com uma campanha persecutória e sem uma prova sequer. Não me acovardo diante deles - disse.

Renan disse que requereu formalmente à Anatel o nome dos conselheiros que aprovaram a venda da TVA por R$ 922 milhões.

- Se já houve desembolso, espero que façam algo para desfazê-lo - concluiu.

Logo após o discurso de Renan, o senador Wellington Salgado (PMDB-MG) afirmou que a Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT), por ele presidida, deverá convocar representantes das empresas envolvidas para que eles expliquem a transação.

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