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A revista Veja que chega às bancas neste fim de semana traz reportagem em que envolve paranaenses no suposto esquema do mensalão. São citados, através de gravações de telefone, os nomes do presidente brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, o apresentador de televisão Ratinho, o ex-deputado parananese, que renunciou, José Borba e o advogado Roberto Bertholdo, que era assessor de Borba e está preso.

O empresário Marcos Valério teria feito, segundo a revista, ameaças ao ex-deputado paranaense José Borba, ex-líder do PMDB na Câmara, que renunciou ao mandato em outubro, acusado de receber 2,1 milhões de reais no valerioduto. "Nas conversas telefônicas com Borba, Marcos Valério tem lembrado um acordo selado no começo do escândalo: o PMDB colocaria na CPI dos Correios um relator capaz de dar proteção a Marcos Valério, que, em troca, manteria silêncio sobre o envolvimento de peemedebistas com o mensalão. Como já ficou demonstrado que Osmar Serraglio, o relator da CPI dos Correios, não fez acordo algum nem pretende protegê-lo, Marcos Valério ameaça contar o que sabe.", relata a reportagem que diz ter ouvido dois senadores sobre as ameaças.

Ainda segundo a revista, Valério ameaçaria revelar detalhes de como, nos primeiros meses de 2004, teria repassado dinheiro para que José Borba pagasse o apresentador Carlos Massa, o Ratinho. O apresentador, em troca do dinheiro, passaria a usar seu programa no SBT como palanque para promover o presidente Lula e a então prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, que se encontrava em campanha reeleitoral. De acordo com a revista, haveria a suspeita de que a longa entrevista que Ratinho fez com Lula durante um churrasco na Granja do Torto foi paga. O apresentador sempre negou que tivesse recebido qualquer pagamento.

O advogado paranaense Roberto Bertholdo, principal assessor de José Borba, é apontado pela reportagem como o encarregado de operar o mensalão dentro do PMDB. Veja diz ter conversado com um ex-aliado de Bertholdo que conta detalhes do esquema. Segundo esse ex-aliado, o qual a revista não identifica, Bertholdo distribuía o mensalão a 55 dos 81 deputados do PMDB.

A revista traz ainda gravações de conversas de Bertholdo que teriam sido realizadas em 2004 pelo advogado Sérgio Renato Costa Filho. Os dois eram, então, sócios no escritório Bertholdo & Costa Advogados. As gravações envolvem o diretor-geral de Itaipu, o petista Jorge Samek. Bertholdo foi conselheiro da multinacional de 2003 a 2005.

Bertholdo diz que Samek cobrou 6 milhões de dólares de propina da empresa Voith Siemens para perdoar uma dívida de 200 milhões de dólares para com a estatal. A Itaipu divulgou nota oficial negando a acusação e prometendo processar a revista. Ao Jornal Nacional, da TV Globo, o presidente da Voith Siemens também negou a acusação.

Leia trechos de gravações publicados por Veja

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